Mundo

Arábia Saudita permite a 4 advogadas exercerem função

O Ministério da Justiça da Arábia Saudita outorgou pela primeira vez licença para quatro advogadas exercerem a profissão


	Mulheres na Arábia Saudita: fonte do Ministério da Justiça ressaltou que com essa medida as mulheres poderão trabalhar em todos os tipos de casos judiciais
 (Salah Malkawi/Getty Images)

Mulheres na Arábia Saudita: fonte do Ministério da Justiça ressaltou que com essa medida as mulheres poderão trabalhar em todos os tipos de casos judiciais (Salah Malkawi/Getty Images)

DR

Da Redação

Publicado em 7 de outubro de 2013 às 11h38.

Riad - O Ministério da Justiça da Arábia Saudita outorgou pela primeira vez licença para quatro advogadas exercerem a profissão, informa nesta segunda-feira o jornal estatal "Okaz".

Em declarações ao veículo, uma das advogadas, Bayan Zahran, explicou que com a autorização governamental poderão se registrar no Sindicato dos Advogados e terão direito a representar clientes nos tribunais e abrir seus próprios escritórios.

Uma fonte do Ministério da Justiça ressaltou em declarações ao jornal que com essa medida as mulheres poderão trabalhar em todos os tipos de casos judiciais.

Para facilitar seu trabalho, os tribunais aplicarão um sistema para identificar as advogadas mediante suas impressões digitais, a fim de que não precisem retirar o "niqab" (véu que cobre todo o rosto, menos os olhos) cada vez que forem a uma audiência.

Até hoje, as mulheres só poderiam trabalhar como consultoras legais e não podiam representar clientes.

Em abril, as autoridades permitiram a uma advogada assistir a algumas sessões de julgamentos.

A Arábia Saudita é governada por uma monarquia com poderes absolutos e nela rege uma estrita interpretação da sharia (lei islâmica), que impõe a segregação de sexos em espaços públicos.

As mulheres não podem dirigir nem viajar para o exterior sem um homem da família, entre muitas outras restrições.

Acompanhe tudo sobre:MulheresJustiçaAdvogadosArábia Saudita

Mais de Mundo

'Estamos à beira de um acordo de paz em Gaza', diz secretária das Relações Exteriores do Reino Unido

Protesto contra ofensiva de Israel em Gaza reúne entre 60 mil pessoas em Berlim

Venezuela realiza exercícios com a população para enfrentar terremotos e 'ameaça' dos EUA

Após ter visto revogado pelos EUA, Petro diz que 'não se importa' e que é 'livre no mundo'