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Argentina ativa 'alerta' em fronteiras com o Brasil após operação no Rio

Patricia Bullrich, ministra da Segurança Nacional da Argentina, explicou que a medida pretende impedir a travessia de pessoas que estejam se deslocando do Rio de Janeiro para o território argentino

Mateus Omena
Mateus Omena

Repórter

Publicado em 29 de outubro de 2025 às 18h15.

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A ministra da Segurança Nacional da Argentina, Patricia Bullrich, anunciou nesta quarta-feira, 29, que será ativado um alerta máximo nas fronteiras do país com o Brasil.

A medida ocorre após a operação policial contra a facção Comando Vermelho, iniciada na terça-feira no Rio de Janeiro, que resultou em mais de 100 mortes. A ministra explicou que o alerta máximo visa impedir a travessia de pessoas que estejam se deslocando do epicentro do conflito no Rio de Janeiro para o território argentino.

"Vou implementar um alerta máximo nas fronteiras para impedir qualquer travessia ou passagem de quem estiver claramente se deslocando do epicentro do conflito no Rio", declarou Bullrich em entrevista à imprensa na Casa Rosada, sede do governo argentino. Ela destacou que a medida implicará na verificação de antecedentes criminais de todos os brasileiros que chegarem à Argentina, mas garantiu que turistas não serão afetados.

Bullrich esclareceu que a ação não envolverá o envio de tropas, mas sim a implementação de um "sistema de alerta", com foco especial nas passagens de fronteira da tríplice fronteira entre Argentina, Brasil e Paraguai.

Operação mais letal da história do Rio

A operação policial que motivou a medida foi a mais letal já registrada no Rio de Janeiro, com um saldo de 132 mortos, de acordo com a Defensoria Pública, embora o governo local tenha confirmado 121 mortes até o momento.

Entre as vítimas estão quatro policiais, enquanto os demais são suspeitos de integrar gangues armadas que resistiram à prisão. A operação aconteceu nos complexos de favelas da Penha e do Alemão, na Zona Norte do Rio.

Durante a operação, 113 suspeitos foram presos, 10 adolescentes foram detidos, além da apreensão de 119 armas, 14 explosivos e toneladas de drogas. A medida da Argentina visa conter o movimento de membros de facções criminosas que possam tentar atravessar as fronteiras após a operação violenta no Brasil.

(Com informações da agência EFE)

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