Agência
Publicado em 28 de fevereiro de 2025 às 16h01.
Guangdong, Jiangsu e Shandong são as três províncias que mais investiram em educação na China em 2024, de acordo com dados fiscais recentemente divulgados e compilados pelo Yicai.
Guangdong liderou o ranking, destinando 404,9 bilhões de yuans (US$ 55,6 bilhões) para a área em 2024, valor semelhante ao do ano anterior.
Na sequência, Jiangsu, Shandong, Zhejiang e Henan registraram gastos superiores a 200 bilhões de yuans (US$ 27,4 bilhões) cada. Já Sichuan, Hunan, Anhui, Jiangxi e Hubei completaram o top 10, com investimentos acima de 100 bilhões de yuans (US$ 13,7 bilhões).
O aumento nos investimentos foi observado principalmente em regiões com maior arrecadação, grandes populações de alunos e professores, além de um foco estratégico na educação. Guangdong, por exemplo, há anos ocupa a posição de província mais rica em receita fiscal.
Com mais de 100 milhões de habitantes, a província registrou 11,11 milhões de alunos do ensino fundamental em 2023, o que representa cerca de 10% do total nacional. Além disso, até dezembro passado, empregava 1,67 milhão de professores.
Para 2025, Guangdong prevê um aumento de 1% nos gastos com educação, totalizando 409 bilhões de yuans (US$ 56,1 bilhões). Jiangsu, Shandong e Zhejiang também projetam crescimento nos orçamentos escolares, que devem atingir:
Segundo um relatório sobre financiamento educacional publicado pelo Ministério da Educação no ano passado, Guangdong destinou 21,4% do orçamento público geral para a educação em 2023, seguido por Shandong (21,2%), Fujian (20,8%), Guangxi (19,3%) e Guizhou (19,1%).
Os gastos totais da China com educação cresceram 2% em 2024, atingindo 4,2076 trilhões de yuans (US$ 577,5 bilhões), conforme dados do Ministério das Finanças. Os governos locais foram responsáveis por 96% desse montante, com base em estimativas dos números de 2023.
Para Yang Liangsong, professor associado da Escola de Finanças Públicas e Tributação da Universidade de Finanças e Economia do Sudoeste, investimentos contínuos são essenciais para que a China avance de um país com grande número de estudantes para uma potência educacional.
Ainda há espaço para melhorias nos gastos com educação em comparação com países desenvolvidos, destaca Yang. O financiamento é prioritário para o ensino fundamental e médio, enquanto a educação infantil e o ensino superior ainda recebem menos recursos.
Para enfrentar o desafio do descompasso entre arrecadação e despesas, Yang recomenda diversificar as fontes de financiamento e aprimorar a eficiência dos investimentos no setor.