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Assad acusa Europa de seguir política dos EUA na Síria

Segundo o presidente sírio, a operação da coalizão internacional liderada pelos EUA no Iraque e na Síria é "ilegal"

Bashar al-Assad: o presidente advertiu que os políticos ocidentais têm como único objetivo ganhar eleições (AFP)

Bashar al-Assad: o presidente advertiu que os políticos ocidentais têm como único objetivo ganhar eleições (AFP)

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EFE

Publicado em 7 de fevereiro de 2017 às 10h32.

Última atualização em 7 de fevereiro de 2017 às 10h32.

Bruxelas - O presidente sírio, Bashar al-Assad, acusou a Europa de fazer "seguidismo" político dos EUA na Síria e de "não existir" na cena internacional, segundo revelou nesta terça-feira a imprensa belga.

Assim expressou o líder durante uma reunião ontem em Damasco com uma delegação de deputados belgas, informou o jornal "La Libre Belgique".

Assad disse igualmente que a operação da coalizão internacional liderada pelos EUA contra o grupo jihadista Estado Islâmico - que se desenvolve no Iraque e na Síria - é "ilegal".

"Foi decidido sem a nossa consulta, sem pedir permissão ao governo sírio e portanto é ilegítima. É uma violação de nossa soberania", denunciou.

Assad acrescentou aos deputados belgas que não se sente "agradecido" porque a coalizão "não impediu nem uma morte por parte do EI".

No mesmo encontro, segundo informou ontem a agência oficial síria "Sana", Assad disse que a "Europa se isolou e solapou qualquer possível papel que pudesse desempenhar, além de danificar os interesses de seus povos com o apoio a organizações que praticaram todas as formas de terrorismo contra a Síria".

O presidente advertiu que os políticos ocidentais têm como único objetivo ganhar eleições, "o que levou à aparição de políticas europeias dissociadas da realidade, que escureceram a postura da União Europeia no mundo".

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