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Ataque a ex-espião Sergei Skripal custou 7,5 milhões de libras à polícia

O ex-espião russo e sua filha filha foram envenenados por um agente tóxico em março na cidade inglesa de Salisbury

Os comércios da cidade que tiveram uma queda de até 80% no faturamento, receberam 250 mil libras em compensação (Toby Melville/Reuters)

Os comércios da cidade que tiveram uma queda de até 80% no faturamento, receberam 250 mil libras em compensação (Toby Melville/Reuters)

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EFE

Publicado em 4 de junho de 2018 às 10h01.

Londres - O ataque ao ex-espião russo Sergei Skripal e a sua filha Yulia com um agente tóxico em março deste ano na cidade inglesa de Salisbury custou à polícia 7,5 milhões de libras, publicou nesta segunda-feira a Comissão regional de Polícia e Crime (PCC).

O responsável da PCC, Angus Macpherson, explicou hoje que a Polícia de Wilshire, condado onde fica Salisbury, desdobrou até 140 agentes no "momento álgido" da operação.

Macpherson afirmou que a corporação fez um "grande esforço", ao mesmo tempo em que adiantou que o custo derivado da operação pode continuar aumentando.

Os comércios da cidade afetados pelo fato, alguns dos quais tiveram uma queda de até 80% no faturamento, e receberam 250 mil libras em compensação.

O chefe da Comissão disse que o caso se trata de "uma operação nacional que deve ser paga em nível nacional" e lembrou que o secretário de Estado de Polícia e Bombeiros do Reino Unido, Nick Hurd, prometeu que o governo britânico cobriria todos os custos.

No último dia 4 de março, os Skripal foram envenenados em Salisbury com um agente tóxico identificado como Novichok, em um ataque que o governo da primeira-ministra britânica, Theresa May, acusou a Rússia de estar por trás.

Tanto o ex-espião como sua filha e o policial Nick Bailey, que também foi contaminado com a substância, já receberam alta e suas vidas não correm perigo, embora o incidente tenha esfriado as relações entre Rússia e Reino Unido, com trocas de acusações e expulsões de diplomatas de ambos os países.

Os trabalhos de limpeza na cidade continuam e podem durar meses, assim como a investigação para determinar o que ocorreu de fato.

Assim, centenas de oficiais de toda a rede da polícia antiterrorista britânica e agentes do condado de Wiltshire trabalham investigando mais de 5 mil horas de vídeos de câmeras de vigilância e mais de mil objetos que podem ter sido expostos ao veneno.

O chefe da polícia de Wiltshire, Kier Pritchard, agradeceu hoje aos moradores de Salisbury pela resiliência que mostraram diante de um "incidente sem precedentes" ao longo de toda a investigação e descontaminação da cidade.

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