O ataque, que demonstra um nível avançado de hacking conhecido como Ameaça Persistente Avançada (APT), pode comprometer a segurança nacional de Singapura (Andrew Brookes/Getty Images)
Publicado em 19 de julho de 2025 às 14h45.
Última atualização em 19 de julho de 2025 às 14h47.
Singapura enfrenta um ataque cibernético "grave" contra sua infraestrutura crítica neste sábado, realizado por um grupo de ciberespionagem que especialistas associaram à China, país que negou veementemente qualquer envolvimento. A embaixada chinesa em Singapura declarou que "se opõe firmemente a qualquer calúnia infundada contra a China", afirmando em um comunicado que "a China é uma das principais vítimas de ataques cibernéticos".
Este ataque, que demonstra um nível avançado de hacking conhecido como Ameaça Persistente Avançada (APT), pode comprometer a segurança nacional, revelou o Ministro do Interior, K. Shanmugam, em um discurso na noite desta sexta-feira, 18.
"Posso dizer que o ataque é grave e contínuo. Foi atribuído ao grupo UNC3886", disse ele.
Embora não tenha fornecido detalhes sobre quem pode estar por trás desse grupo, o UNC3886 foi identificado pela Mandiant, empresa de segurança cibernética de propriedade do Google, como um grupo de ciberespionagem ligado à China, envolvido em ataques em todo o mundo.
A embaixada chinesa em Singapura declarou no sábado que está "pronta para continuar cooperando com todas as partes, incluindo Singapura, para proteger conjuntamente a segurança cibernética". De acordo com o Ministro do Interior, a Agência de Segurança Cibernética de Singapura e as autoridades relevantes estão trabalhando para gerenciar a situação.
APT é um tipo de ataque cibernético altamente sofisticado que, com recursos consideráveis, normalmente visa roubar informações confidenciais e interromper serviços essenciais como saúde, telecomunicações, água, transporte e eletricidade, comentou Shanmugam.