Redação Exame
Publicado em 2 de novembro de 2025 às 08h51.
Os Estados Unidos realizaram neste domingo, 2, mais um ataque contra uma embarcação suspeita de envolvimento com o tráfico de drogas no Caribe, resultando na morte de três pessoas. A informação foi confirmada pelo secretário de Defesa norte-americano, Pete Hegseth.
A ofensiva é parte de uma série de ações militares iniciadas em setembro em águas internacionais. Segundo Hegseth, a embarcação "era conhecida da inteligência por atuar no contrabando de narcóticos" e abrigava "três narcoterroristas" no momento do ataque.
As ações vêm sendo conduzidas com o apoio de navios e caças deslocados para o Caribe e para Porto Rico. De acordo com o Pentágono, mais de 15 embarcações foram alvo de ataques nas últimas semanas, resultando em pelo menos 65 mortes.
Vídeos divulgados nas redes sociais por autoridades dos EUA mostram os momentos do ataque, com explosões e incêndio a bordo. Parte das imagens tem trechos borrados, o que impede verificar o número exato de ocupantes.
Especialistas e organizações internacionais têm criticado duramente a operação. A Organização das Nações Unidas (ONU) pediu, na sexta-feira, 1º, a suspensão imediata dos ataques, classificando as mortes como possíveis violações do direito internacional.
O alto comissário da ONU para direitos humanos, Volker Turk, declarou que as vítimas foram executadas "em circunstâncias que não encontram justificativa legal".
Até o momento, Washington não apresentou evidências públicas que comprovem o envolvimento direto dos alvos com o narcotráfico ou ameaças à segurança dos EUA.
O governo da Venezuela também reagiu. O presidente Nicolás Maduro acusou Washington de usar o combate ao tráfico como justificativa para pressionar Caracas e buscar uma mudança de regime no país.
*Com informações de AFP