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Ataques entre Israel e Irã afetam mais de 3 mil voos

A United Airlines suspendeu todos os voos de e para Tel Aviv até 31 de julho

Agência o Globo
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Publicado em 14 de junho de 2025 às 15h02.

Cerca de três mil voos foram afetados no espaço aéreo ao redor de Irã e Israel, após os ataques da última sexta-feira. Segundo dados do serviço de rastreamento FlightRadar24, as rotas de avião estiveram praticamente vazias neste sábado, quando se confirmou a morte de nove cientistas e especialistas do programa nuclear iraniano.

Segundo a mídia estatal iraniana, o espaço aéreo do país deve permanecer fechado até as 2h de domingo (horário local). Já em Israel, o Aeroporto Ben Gurion continuará fechado por tempo indeterminado, com as três principais companhias aéreas deslocando frotas para fora do território para evitar danos de possíveis ataques aéreos iranianos.

Israel e Irã começaram a trocar ataques na sexta, quando mísseis e drones israelenses atingiram 100 alvos iranianos, levando 78 pessoas à morte e deixando outras 320 feridas, apontou Amir Saeid Iravani, representante do Irã na ONU. Desde então, espaços aéreos foram fechados, até mesmo nos países vizinhos, como o Iraque, Jordânia e Síria.

Reabertura gradual

Em meio aos conflitos, grandes companhias aéreas da região cancelaram voos, enquanto outras desviaram suas rotas, aumentando o tempo de viagem e os custos com combustível. Muitas passaram a sobrevoar a Arábia Saudita, Turquia e Azerbaijão para evitar o espaço aéreo iraniano, conforme dados de rastreamento.

A Jordânia, por exemplo, reabriu seu espaço aéreo às 7h30 deste sábado, e a Autoridade de Aviação Civil da Síria também anunciou a reabertura total do espaço aéreo sírio ao tráfego civil. Já a Autoridade de Aviação Civil do Iraque declarou que o espaço aéreo iraquiano permaneceria fechado “diante do aumento das tensões regionais”.

A Emirates, principal companhia aérea de Dubai, cancelou todos os voos para e com conexões via Irã, Iraque, Jordânia e Líbano até domingo. A FlyDubai, companhia de baixo custo, suspendeu voos para 16 destinos.

No Líbano, a Middle East Airlines, companhia aérea nacional, suspendeu seus voos na sexta-feira, gerando rumores pelo país de que algo grave estaria prestes a acontecer, já que a empresa havia continuado a operar mesmo durante o conflito com Israel no ano passado. A empresa anunciou que os voos seriam retomados neste sábado.

A Lufthansa, maior companhia aérea comercial da Alemanha, informou que cancelou todos os voos para Teerã, capital iraniana, e Tel Aviv, israelense, até 31 de julho, e que todos os voos para Amã, Beirute e para o aeroporto de Erbil, no Iraque, estavam cancelados até 20 de junho.

A United Airlines suspendeu todos os voos de e para Tel Aviv até 31 de julho, enquanto a Delta Air Lines cancelou todos os voos de Tel Aviv para Nova York até 31 de agosto.

Na sexta-feira, a Air India, que sobrevoa o Oriente Médio em rotas para a Europa e a América do Norte, cancelou ou desviou mais de uma dúzia de voos. Dois dias antes, a Air India havia enfrentado uma tragédia não relacionada ao conflito: um de seus voos comerciais caiu em Ahmedabad, na Índia, matando mais de 270 pessoas.

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