Mundo

Ativista chinês cego agora quer deixar a China

Ele disse que agora teme por sua segurança e quer sair do país

O governo chinês pediu aos EUA que parem de enganar a opinião pública" no caso de Chen Guangcheng (Paul J. Richards/AFP)

O governo chinês pediu aos EUA que parem de enganar a opinião pública" no caso de Chen Guangcheng (Paul J. Richards/AFP)

DR

Da Redação

Publicado em 2 de maio de 2012 às 14h30.

Pequim - O ativista chinês Chen Guangcheng declarou que uma autoridade norte-americana disse a ele que as autoridades da China ameaçaram espancar sua mulher até a morte caso ele não deixasse a embaixada dos Estados Unidos.

Falando pelo telefone de um hospital em Pequim na noite desta quarta-feira (horário local), o ativista cego disse à Associated Press que autoridades norte-americanas transmitiram a ameaça, vinda do lado chinês.

Chen, que fugira para a embaixada seis dias atrás, deixou o local após um acordo pelo qual ele receberia tratamento médico, se encontraria com sua família e teria permissão para frequentar uma universidade num local seguro. Ele disse que agora teme por sua segurança e quer sair do país.

Autoridades norte-americanas negaram ter conhecimento da ameaça, mas disseram que Chen recebeu a informações de que sua família seria enviada de volta para casa, caso ele permanecesse na embaixada.

Também nesta quarta-feira, o governo chinês pediu aos Estados Unidos que "parem de enganar a opinião pública" no caso de Chen Guangcheng, depois de a secretária de Estado norte-americana Hillary Clinton ter dito que Washington permanece comprometido com o ativista.

"O que os Estados Unidos precisam fazer é parar de enganar a opinião pública, parar de esconder sua própria responsabilidade e de empurrá-la para outros no que diz respeito a esse assunto", declarou o porta-voz do Ministério de Relações Exteriores, Liu Weimin. As informações são da Associated Press e da Dow Jones.

Acompanhe tudo sobre:ÁsiaChinaEstados Unidos (EUA)Países ricosPolítica no BrasilProtestos

Mais de Mundo

Israel declara Irã como principal frente de guerra e diz que Gaza passou a ser 'posição secundária'

Japão busca a possibilidade de um acordo comercial com os EUA às vésperas da reunião de cúpula do G7

MP da Venezuela solicita nova ordem de captura contra opositor Juan Guaidó

Exército israelense relata "vários projéteis caídos" em Israel após terceiro ataque do Irã