Mundo

Ativista iraniana pede a Brasil oposição a Ahmadinejad

Mina Ahadi criticou a posição de aproximação adotada pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva em relação ao Irã e elogiou sua sucessora, Dilma Rousseff

Ahmadinejad  é acusado por entidades e o Ocidente de violação dos direitos humanos, especialmente contra as mulheres (Getty Images)

Ahmadinejad é acusado por entidades e o Ocidente de violação dos direitos humanos, especialmente contra as mulheres (Getty Images)

DR

Da Redação

Publicado em 6 de maio de 2011 às 21h25.

Brasília - Uma ativista iraniana foi recebida nesta quinta-feira pelo governo brasileiro e pediu combate ao regime do presidente iraniano, Mahmoud Ahmadinejad, acusado por entidades e o Ocidente de violação dos direitos humanos, especialmente contra as mulheres.

"O regime de Ahmadinejad é ditatorial e fascista... O governo brasileiro deveria defender o futuro do Irã, não este tipo de regime", disse Mina Ahadi a jornalistas.

A ativista criticou a posição de aproximação adotada pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva em relação ao Irã e elogiou sua sucessora, Dilma Rousseff, por uma posição mais firme em relação aos direitos humanos.

"Dilma disse que apedrejamento é barbarie, isto é um avanço, porque nós não tínhamos ouvido nada do presidente Lula", afirmou Mina após reunir-se com o assessor de assuntos internacionais da Presidência, Marco Aurélio Garcia, no Palácio do Planalto.

Um caso notório sobre as violações de direitos humanos no Irã envolve a iraniana Sakineh Ashtiani, de 43 anos, mãe de dois filhos e condenada inicialmente ao apedrejamento por um suposto adultério com dois homens.

A defesa dos direitos humanos tem sido uma das bandeiras do governo Dilma. O Brasil foi, inclusive, um dos países que votou, em março, a favor de uma investigação da Organização das Nações Unidas (ONU) sobre o Irã em relação aos direitos humanos no país.

Na conversa, Mina --atualmente exilada na Alemanha-- afirmou ter pedido que o governo brasileiro rompa suas relações diplomáticas com o regime iraniano e interrompa o funcionamento da embaixada do país no Brasil, chamada por ela de "centro de terror", mas disse não ter obtido nenhuma resposta concreta.

Acompanhe tudo sobre:Política no BrasilÁsiaProtestosDemocraciaDiplomaciaIrã - País

Mais de Mundo

Trem mais rápido do mundo deve iniciar operações na China em 2026

‘Hamas sentiu o nosso poder, atacamos Gaza com 153 toneladas de bombas’, afirma Netanyahu

Presidente eleito da Bolívia afirma que vai retomar relações com os EUA após quase 20 anos

Cidadania espanhola 'facilitada' acaba nesta quarta-feira; saiba o que muda na Lei dos Netos