Mundo

Austrália negociou apoio à caça comercial de baleias, diz WikiLeaks

Os Estados Unidos intermediaram as conversas, que aconteceram em junho, segundo documentos revelados pelo WikiLeaks

Segundo documentos do WikiLeaks, Austrália negociou apoiar a caça comercial de baleias (Ian Waldie/Getty Images)

Segundo documentos do WikiLeaks, Austrália negociou apoiar a caça comercial de baleias (Ian Waldie/Getty Images)

DR

Da Redação

Publicado em 4 de janeiro de 2011 às 05h32.

Sydney - A Austrália negociou apoiar a caça comercial de baleias em águas do Japão, solicitando em troca que Tóquio reduzisse a captura de cetáceos com fins "científicos" em águas da Antártida, segundo documentos revelados pelo site "WikiLeaks".

Os Estados Unidos intermediaram as conversas, que aconteceram em junho, antes da reunião anual da Comissão Baleeira Internacional em Agadir (Marrocos), de acordo com documentos publicados pela imprensa australiana nesta terça-feira.

De acordo com o vazamento do "WikiLeaks", um emissário do Departamento do Meio Ambiente informou a Washington que Austrália e Nova Zelândia respaldariam o acordo.

O Japão, por sua vez, colocou como condição para o pacto a atuação conjunta contra as atividades de grupos ambientalistas como o "Sea Shepherd", que há dois anos persegue os pesqueiros japoneses em águas da Antártida.

Este tipo de organizações denuncia que a carne das baleias caçadas pelos "cientistas" japoneses depois é vendida para consumo, e que este seria o objetivo real do programa de "pesquisa".

Durante o último fim de semana, ativistas de "Sea Shepherd" se manifestaram contra três baleeiros japoneses.

A Noruega é o único país do mundo que permite a caça comercial de baleias, mas Japão e Islândia caçam dois mil cetáceos por ano com fins "científicos".

Acompanhe tudo sobre:ÁsiaDiplomaciaJapãoMeio ambientePaíses ricosWikiLeaks

Mais de Mundo

Espanha destaca que acordo com o Mercosul ampliará possibilidades comerciais da UE

Chefe da ONU diz que retrocessos na verificação de informações abrem a porta para mais ódio

Putin nomeia economista que negociou com EUA como novo representante para investimentos

Zelensky abre cúpula internacional de apoio a Ucrânia após três anos de guerra