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Autor do ataque em Nova York deixou carta antes de cometer o crime e tirar a própria vida

De acordo com os investigadores, no apartamento do atirador em Las Vegas também foram encontrados medicamentos prescritos para psicose

EFE
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Agência de Notícias

Publicado em 31 de julho de 2025 às 17h13.

Última atualização em 31 de julho de 2025 às 17h26.

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O autor do ataque de segunda-feira em Nova York, que resultou na morte de quatro pessoas, deixou uma carta antes de cometer o crime e se suicidar, e que ele usou um rifle que havia comprado de seu supervisor no cassino de Las Vegas onde trabalhava.

A investigação das autoridades nova-iorquinas está revelando novos detalhes, como o fato de que o atirador, identificado como Shane Devon Tamura, de 27 anos, se despediu de seus pais com uma breve carta na qual escreveu: “Quando olho nos seus olhos e nos do papai, tudo o que vejo é decepção. Eu te amo, mamãe. Sinto muito”.

Além da nota, no apartamento do atirador em Las Vegas também foram encontrados medicamentos prescritos para psicose, bem como comprimidos contra epilepsia e medicamentos anti-inflamatórios, conforme revelaram os investigadores em entrevista coletiva.

A comissária de polícia da cidade de Nova York, Jessica Tisch, havia informado anteriormente que Tamura, que se suicidou após o ataque, tinha “antecedentes documentados de insanidade mental”.

As autoridades revelaram que o atirador comprou de seu supervisor no cassino Horseshoe de Las Vegas o rifle AR-15 que usou no crime, por um preço de US$ 1,4 mil.

Seu chefe também lhe vendeu o carro com o qual Tamura se mudou para Nova York e no qual a polícia posteriormente encontrou um estojo de rifle com munição, um carregador de revólver pronto para uso, uma mochila e outros medicamentos.

Naquele dia, Tamura levava em sua carteira uma carta de três páginas na qual se referia à encefalopatia traumática crônica (CTE) que sofria, uma doença cerebral degenerativa que se acredita surgir devido a golpes e concussões cerebrais recorrentes e que geralmente afeta pessoas que praticam esportes de contato.

Tamura, que jogava futebol americano no ensino médio, acusava em sua nota a Liga Nacional de Futebol Americano (NFL) de ocultar os perigos desse esporte para multiplicar seus lucros e pedia aos médicos que usassem seu cérebro para pesquisar essa condição.

De acordo com a polícia, o agressor tinha como alvo os escritórios da NFL, mas se enganou de elevador e acabou na sede de outra empresa, onde matou uma pessoa instantes depois de ter assassinado outras três na recepção do prédio, incluindo um policial.

O policial falecido é Didarul Islam, de 36 anos, de quem Nova York se despede hoje com um funeral organizado em uma mesquita do Bronx.

Entre as outras vítimas estão Wesley LePatner, uma executiva imobiliária de 43 anos da empresa BlackStone; Aland Etienne, um oficial de segurança do prédio de 46 anos; e Julia Hyman, uma jovem de 27 anos que trabalhava para a empresa Rudin Management, administradora do imóvel.

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