Mundo

Ban Ki-moon insiste no fim da ocupação israelense

O secretário-geral da ONU advertiu que é preciso encontrar uma solução política para por fim à ocupação israelense da Palestina


	Ban Ki-moon: "o mais importante é que ambas as partes se sentem juntas"
 (Haidar Hamdani/AFP)

Ban Ki-moon: "o mais importante é que ambas as partes se sentem juntas" (Haidar Hamdani/AFP)

DR

Da Redação

Publicado em 13 de outubro de 2014 às 08h03.

Ramala - O secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU), Ban Ki-moon, advertiu nesta segunda-feira em Ramala que para que o cessar-fogo e a reconstrução de Gaza sejam sustentáveis, israelenses e palestinos devem encontrar uma solução política permanente que ponha fim à ocupação israelense da Palestina.

"O mais importante é que ambas as partes se sentem juntas e resolvam os assuntos pendentes para chegar a uma solução política. De outra maneira, não podemos esperar que o cessar-fogo e a reconstrução (da Faixa) sejam sustentáveis", advertiu Ban Ki-moon.

"A única solução à situação política é terminar com a ocupação e trabalhar na solução de dois Estados em paz e segurança", sustentou Ban na entrevista coletiva conjunta oferecida com o primeiro-ministro palestino, Rami Hamdala.

Hamdala destacou que a reconstrução da "destruída Gaza e o sofrimento de seu povo" foi um dos focos do encontro que ambos mantiveram. A reunião entre Ban e Hamdala aconteceu um dia depois que países doadores, com os Estados Unidos e Suécia a frente, se reunissem no Cairo para buscar fundos e mecanismos que permitam reconstruir a Faixa palestina, devastada durante os 50 dias que durou a ofensiva militar israelense "Limite protetor".

Na conferência, a comunidade internacional acertou doar US$ 5,4 bilhões, sendo metade destinada a este processo e o restante para satisfazer as necessidades da população palestina. Para o sucesso deste processo, ambos insistiram na necessidade de terminar com o bloqueio israelense que estrangula a Faixa através da abertura das passagens de fronteira que deixa nas mãos de Israel a possibilidade que os materiais de construção cheguem a seu destino.

O secretário-geral condenou a contínua expansão dos assentamentos por Israel e denunciou "as repetidas provocações contra os lugares sagrados que apenas inflamam a situação". Contudo, evitou se pronunciar sobre a estratégia política palestina de solicitar sua adesão ao Tribunal Penal Internacional se o Estado de Israel não se compromete a estabelecer uma data para o fim da ocupação.

"Os Estados-membros da ONU têm o direito de caminhar junto à instituição", afirmou, mas "espero que o Estado da Palestina não tenha que ingressar" nela, acrescentou.

Após o encontro, o secretário-geral foi Jerusalém, onde continuará sua rodada de reuniões com o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, e o presidente do país, Reuven Rivlin, antes de visitar amanhã a Faixa, pela primeira vez nos últimos dois anos.

Acompanhe tudo sobre:ONUPalestinaIsrael

Mais de Mundo

Governo Trump diz que revisará 55 milhões de vistos nos EUA em busca de problemas

Ataque contra helicóptero da Polícia da Colômbia deixa ao menos um morto e dois feridos

Furacão Erin provoca inundações no litoral dos EUA

EUA e Europa buscam opções para encerrar a guerra na Ucrânia