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Ban pede que Irã cumpra resoluções sobre programa nuclear

Ban se dirigiu às autoridades iranianas, que lideram a reunião, para pedir ''transparência'' no programa nuclear do país árabe


	Ban condenou as ameaças de Israel e dos Estados Unidos de atacar o Irã
 (Mohd Rasfan/AFP)

Ban condenou as ameaças de Israel e dos Estados Unidos de atacar o Irã (Mohd Rasfan/AFP)

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Da Redação

Publicado em 30 de agosto de 2012 às 21h22.

Teerã - O secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, pediu nesta quinta-feira ao Irã que cumpra as resoluções das Nações Unidas que pedem um controle de seu programa nuclear e a autorização da entrada no país de enviados Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA).

Na abertura da Cúpula dos Não-Alinhados, em Teerã, Ban se dirigiu às autoridades iranianas, que lideram a reunião, para pedir ''transparência'' no programa nuclear do país árabe. O secretário-geral solicitou ainda que as autoridades iranianas ''cumpram plenamente as resoluções do Conselho de Segurança da ONU e cooperem totalmente com a AIEA''.

Para Ban, o Irã deve dissipar as dúvidas da agência e das potências internacionais sobre a possibilidade de seu programa nuclear ter uma vertente armamentista, o que Teerã nega, para evitar ''uma guerra de palavras que pode degenerar em um violento enfrentamento''.

Ban condenou, além disso, as ameaças de Israel e dos Estados Unidos de atacar o Irã, mas ressaltou que é inaceitável a negação da existência do Estado de Israel e do holocausto por parte das autoridades da República Islâmica.

''Não aceito que nenhum país ameace atacar outro, mas também não aceito que se negue um fato histórico tão dramático como o Holocausto'', disse Ban.

O secretário-geral pediu a cooperação dos Não-Alinhados, que reúnem quase dois terços dos membros das Nações Unidas, para ''manter a paz mundial'' e evitar conflitos como os que estão ocorrendo na Síria, Sudão e na República Democrática do Congo.

Sobre o conflito da Síria, Ban pediu a colaboração dos países do Oriente Médio e de todos os Não-Alinhados com o novo mediador da ONU para o país, Lakhdar Brahimi. 

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