Mundo

Ban pede outra pausa humanitária e cessar-fogo durável

O secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, pediu uma nova pausa humanitária em Gaza e reiterou a necessidade de um cessar-fogo durável


	Ban Ki-moon: Gaza volta a ser palco de combates e bombardeios israelenses
 (Denis Balibouse/AFP)

Ban Ki-moon: Gaza volta a ser palco de combates e bombardeios israelenses (Denis Balibouse/AFP)

DR

Da Redação

Publicado em 28 de julho de 2014 às 11h19.

O secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, pediu nesta segunda-feira uma nova "pausa humanitária" em Gaza e reiterou a israelenses e palestinos a necessidade de um cessar-fogo "durável" que permita estabelecer os fundamentos para uma negociação.

"O secretário-geral fez um apelo a todas as partes a prolongar a suspensão da violência por um período adicional de 24 horas que permita seguir com os esforços humanitários", disse o escritório do porta-voz da ONU em comunicado.

Ban, que deve falar hoje com a imprensa na sede da ONU sobre sua recente viagem pela região, deu as boas-vindas à última declaração presidencial do Conselho de Segurança que solicita às partes um cessar-fogo humanitário.

Além disso, assegurou que as partes mostraram um interesse "sério" em renovar a pausa humanitária, mas não se puseram de acordo sobre o calendário para sua implementação, e pediu aproveitar o fim do Ramadã para estender a calma.

"Com as centenas de palestinos que já morreram em Gaza e os níveis horríveis de destruição física, o secretário-geral urge aos responsáveis a deixar para trás as provocações e a não seguir infligindo violência contra os civis", acrescentou.

O secretário-geral destacou que israelenses e palestinos têm a responsabilidade não apenas de cessar as atuais hostilidades, mas de começar um diálogo "sério" para fazer frente às causas fundamentais do conflito.

"É a única via para romper um ciclo de violência e sofrimento que parece não ter fim. O fim do bloqueio de Gaza e o final da ocupação que começou há quase meio século, e ao mesmo tempo segurança para Israel", acrescentou o escritório do porta-voz.

O secretário-geral está de volta em Nova York após uma viagem pelo Oriente Médio para impulsionar o fim da violência entre Israel e Hamas e prevê informar ao Conselho de Segurança sobre a situação do conflito.

O Conselho reivindicou hoje a israelenses e palestinos um "cessar-fogo humanitário imediato e incondicional" em uma declaração estipulada por todos os seus membros em que convocou as partes a trabalhar para conseguir um acordo que detenha a violência de forma duradoura.

Gaza volta a ser palco de combates e bombardeios israelenses intermitentes, depois que no domingo as milícias anunciaram um cessar-fogo de 24 horas que coincidiu com a realização da festa de fim do mês de jejum ou Ramadã.

Trata-se de uma redução das hostilidades fruto do cansaço dos oponentes, mas também das pressões internacionais para dar fim a um conflito que em três semanas segou a vida de mais de mil de pessoas, na maioria civis palestinos.

Cerca de 800 palestinos morreram nos 11 dias que leva a incursão terrestre, na qual também morreram 43 soldados israelenses e um número ainda não determinado de milicianos islamitas palestinos.

Os bombardeios e a incursão terrestre produziram também o êxodo de perto de 250 mil palestinos, que se viram obrigados a se deslocar e a se refugiar, na maioria dos casos, em escolas da ONU.

Acompanhe tudo sobre:Conflito árabe-israelenseFaixa de GazaIsraelONUPalestina

Mais de Mundo

Ucrânia e EUA assinam acordo para exploração de terras raras no país europeu

Cardeais discutem situação financeira da Santa Sé, um dos desafios do novo papa

Trump diz não querer que China sofra com tarifas que impôs ao país

Ucrânia expressa disponibilidade para declarar trégua de até 3 meses