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Banco prevê prejuízo de R$ 306 bi ao Japão devido ao terremoto

Segundo o cálculo do Credit Suisse, valor equivale a 3% do PIB do país; recostrução deve demorar pelo menos três anos

Destruição provocada pelo Tsunami na cidade de Iwate, no Japão (AFP/Toshifumi Kitamura)

Destruição provocada pelo Tsunami na cidade de Iwate, no Japão (AFP/Toshifumi Kitamura)

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Da Redação

Publicado em 14 de março de 2011 às 15h07.

Genebra - As perdas econômicas causadas pelo terremoto e posterior tsunami no Japão chegarão a 15 trilhões de ienes (R$ 306 bilhões), equivalentes a 3% do Produto Interno Bruto (PIB) do país, segundo uma projeção realizada pelo banco Credit Suisse.

Os prejuízos diretos, inclusive os danos sofridos pelos aeroportos e instalações portuárias na área de Sendai, representariam um terço desse número, enquanto os danos indiretos atingiriam cerca de 10 bilhões de ienes (R$ 204 bilhões).

A estimativa de danos indiretos leva em conta o fato de não terem sido divulgados danos maiores em instalações industriais das zonas afetadas, bem como a importância da agricultura e da pesca para a economia local.

O responsável da análise, Hiromichi Shirakawa, assinalou que atualmente se carece de informações confiáveis sobre os danos à propriedade, mas calculou que o processo de recuperação custará entre 4 trilhões e 5 trilhões de ienes (entre R$ 81,6 bilhões e R$ 102 bilhões) nos próximos três anos.

O conjunto das cidades afetadas pela tragédia - Iwate, Miyagi, Fukushima e Ibaraki - gera pouco mais de 6% do PIB japonês, afirmou o especialista do Credit Suisse. Segundo ele, as áreas mais afetadas têm relativamente poucas instalações comerciais e edifícios de escritórios.

A análise assinala que o impacto econômico do terremoto da cidade japonesa de Kobe, ocorrido em 1995, foi o dobro do tremor da última sexta-feira.

Shirakawa ressaltou que o número de casas destruídas no terremoto da semana passada não necessariamente excederá o causado pela tragédia de Kobe (105 mil), e que os danos à infraestrutura viária também serão previsivelmente menores dessa vez.

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