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Bancos espanhóis vão assumir perdas ligadas a sua reestruturação

Uma reforma fará com que os bancos do país, e não as finanças públicas, paguem o custo da reestruturação do setor bancário

Segundo a ministra espanhola da Economia, Elena Salgado, a intenção do governo é que as perdas futuras não sejam transferidas aos contribuintes nem aumentem o déficit público (Georges Gobet/AFP)

Segundo a ministra espanhola da Economia, Elena Salgado, a intenção do governo é que as perdas futuras não sejam transferidas aos contribuintes nem aumentem o déficit público (Georges Gobet/AFP)

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Da Redação

Publicado em 6 de outubro de 2011 às 10h40.

Madri - Os bancos espanhóis deverão assumir as eventuais perdas ligadas à sua reestruturação, afirmou nesta quinta-feira em uma coletiva de imprensa a ministra espanhola da Economia, Elena Salgado, ressaltando que elas não devem ser assumidas pelo Estado, nem pelos contribuintes.

A ministra anunciou uma reforma destinada a fazer com que sejam os bancos do país, e não as finanças públicas, os que devem pagar o custo da reestruturação do setor bancário.

"A intenção do governo é que as perdas futuras que possam surgir no processo de recapitalização do setor financeiro não sejam transferidas aos contribuintes, nem aumentem o déficit público", explicou Salgado.

Com a reforma anunciada, "seja qual for o resultado deste desinvestimento, se ocorrerem perdas elas serão assumidas pelo próprio setor financeiro", afirmou.

O governo espanhol criará para isso um novo fundo de garantia de depósitos, que unirá os três existentes e será financiado pelos bancos, para proteger os depositantes diante de possíveis perdas dos bancos.

"O governo decidiu que o novo fundo de garantia de depósitos fornecerá a partir de agora uma garantia (...) pelas perdas líquidas potenciais que possam ocorrer no processo de reestruturação do sistema financeiro", acrescentou Salgado.

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