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BBC põe sua emblemática sede central de Londres à venda

A direção da emissora informou que a venda busca "maximizar o valor" da corporação

O corte no orçamento do governo britânico representou uma redução de 20% das receitas da BBC até 2015 (Peter Macdiarmid/Getty Images)

O corte no orçamento do governo britânico representou uma redução de 20% das receitas da BBC até 2015 (Peter Macdiarmid/Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 13 de junho de 2011 às 10h19.

Londres - A emissora pública britânica BBC anunciou nesta segunda-feira que colocou à venda o emblemático Television Centre, a sede que ocupa desde 1960 no oeste de Londres.

A direção da emissora informou que a venda busca "maximizar o valor" da corporação.

Atualmente, cerca de 5 mil pessoas trabalham no Television Centre, que a emissora desocupará em 2015.

Um porta-voz da emissora declarou que "a  BBC está sondando o interesse do mercado para a modalidade de venda da propriedade".

Nos últimos 50 anos, foram elaborados em seus estúdios programas que marcaram a história da televisão como "Fawlty Towers", "Monty Python's Flying Circus", "Doctor Who" e "Strictly Come Dancing".

O anúncio da venda se produz em meio à aplicação de cortes econômicos e de funcionários na BBC por causa do duro ajuste orçamentário aprovado no ano passado pelo Governo britânico.

O presidente da corporação, Chris Patten, disse que esses cortes poderiam supor nos próximos anos a redução das coberturas esportivas e a eliminação de algum canal digital, entre os quais mencionou o BBC3 e o BBC4.

Patten, último governador britânico de Hong Kong e ex-presidente do Partido Conservador, explicou que estes cortes serão necessários para "salvar" o serviço mundial da emissora pública, especialmente os serviços em árabe, somali e híndi.

O corte governamental representou uma redução de 20% das receitas da BBC até 2015, o que já levou em janeiro ao fechamento de seus serviços em macedônio, albanês e sérvio, do serviço em inglês para o Caribe e do serviço em português para a África.

O corte já levou à demissão de 650 pessoas, mas, segundo os meios de comunicação britânicos, podem ocorrer outras centenas nos próximos meses pela reestruturação do canal de notícias 24 horas BBC News.

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