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Berlusconi exige que Kadafi cumpra cessar-fogo para que haja mediação

O premiê italiano quer iniciar diálogo com o líder líbio se ele encerrar hostilidades no país

Berlusconi pensa que sua opinião é compartilhada pela Rússia sobre Kadafi (Franck Prevel/Getty Images)

Berlusconi pensa que sua opinião é compartilhada pela Rússia sobre Kadafi (Franck Prevel/Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 24 de março de 2011 às 05h44.

Roma - O primeiro-ministro da Itália, Silvio Berlusconi, exigiu ao líder líbio, Muammar Kadafi, que cumpra um "verdadeiro" cessar-fogo como condição imprescindível para que possa ter início uma fase de mediação diplomática.

Em entrevista telefônica publicada nesta quinta-feira pelo diário italiano "Corriere della Sera", Berlusconi assegura que a operação militar dos aliados na Líbia tem o objetivo de "defender" a população civil e que a Itália não entrou nem quer entrar em guerra.

"Todos nos posicionamos no pedido a Kadafi para um verdadeiro cessar-fogo. O fim das hostilidades por parte do coronel é a condição 'sine qua non' para qualquer mediação. Depois, se poderá abrir a fase da diplomacia", afirmou Berlusconi.

"Neste momento, ninguém pode dizer nada com segurança sobre o resultado e a duração da missão. Parece-me que a possibilidade de uma mediação ainda não está madura. Também pensa assim (o primeiro-ministro russo) Vladimir Putin. Kadafi ainda acredita que pode sair vitorioso porque tem o controle pleno da capital", disse o premiê italiano.

O chefe do Executivo italiano minimiza o aparente desacordo que existe no seio da Otan sobre o papel que a Aliança deverá desempenhar na intervenção na Líbia, assegurando que a organização é uma "assunção cheia de responsabilidade" e que existe um "acordo de todos, salvo alguma resistência por parte francesa".

"Conseguimos não só a plena coordenação da Otan em todas as operações da missão, mas também a aplicação pontual da resolução da ONU. A coalizão se compromete a defender a população civil. A Itália não entrou em guerra e não quer entrar", avaliou Berlusconi.

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