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Bombas e tiroteio matam pelo menos 19 em Bagdá

Explosões de carros-bomba em bairros de maioria xiita na capital iraquiana e um tiroteio mataram pelo menos 19 pessoas

Pessoas observam o local de um ataque com um carro-bomba em Bagdá, no Iraque (Thaier Al-Sudani/Reuters)

Pessoas observam o local de um ataque com um carro-bomba em Bagdá, no Iraque (Thaier Al-Sudani/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 22 de junho de 2014 às 14h57.

Bagdá - Explosões de carros-bomba em bairros de maioria xiita na capital iraquiana e um tiroteio mataram pelo menos 19 pessoas nesta quarta-feira, disse a polícia, elevando o número de mortos até agora neste mês para quase 1.000, de acordo com a consultoria Iraq Body Count.

Nenhum grupo assumiu a responsabilidade pelas explosões, mas membros da maioria xiita do país são muitas vezes alvo de insurgentes islâmicos sunitas, alguns ligados à Al Qaeda, que recuperou terreno no Iraque em relação ao ano passado.

Uma dupla explosão na noite desta quarta-feira no distrito de Shula, sul da capital, matou sete pessoas e um carro-bomba em Nova Bagdá tirou a vida de mais cinco. Outra explosão em Talibiya matou quatro, e em Camp Sara, um bairro de maioria cristã, homens armados mataram mais três.

O Estado Islâmico do Iraque e do Levante (ISIL, na sigla em inglês), ligado à Al Qaeda, explorou o ressentimento da minoria sunita contra o governo liderado pelos xiitas por políticas percebidas como desfavoráveis à sua comunidade antes dominante.

Em 1º de janeiro, militantes invadiram duas cidades na província sunita de Anbar, que faz fronteira com a Síria, onde o ISIL também está ativo.

Durante seu discurso semenal televisionado, o primeiro-ministro iraquiano, Nuri al-Maliki, atribui a nova militância no Iraque à guerra civil na Síria, que inflamou as tensões sectárias no Oriente Médio.

"O que aconteceu na Síria foi o que restaurou o terrorismo para nós", disse Maliki, culpando países não especificados de apoiar a Al Qaeda ao armar grupos rebeldes principalmente sunitas que lutam para derrubar o presidente sírio, Bashar al- Assad.

"Repito o que eu disse, que... enviar armas para os grupos terroristas e extremistas na Síria significa apoiá-los no Iraque".

A violência no Iraque atingiu o seu nível mais alto em cinco anos em 2013 com cerca de 9.000 mortos, segundo a Organização das Nações Unidas (ONU).

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