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Brasil condena nova ofensiva de Israel em Gaza:'Incompatível com as normas de direito internacional'

Em nota, Itamaraty criticou declaração de premier israelense, de que vai assumir o controle de Gaza

Israel intensificou os bombardeios aéreos e expansão das operações terrestres na Faixa de Gaza (Fábio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil)

Israel intensificou os bombardeios aéreos e expansão das operações terrestres na Faixa de Gaza (Fábio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil)

Agência o Globo
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Publicado em 21 de maio de 2025 às 12h12.

O governo brasileiro condenou, "nos mais fortes termos", nesta quarta-feira, 21, o lançamento de nova ofensiva israelense na Faixa de Gaza. Em nota, o Itamaraty afirmou que a declaração do primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, de que o país assumirá o controle da região, é incompatível com as noras de direito internacional.

"Ao deplorar a declaração do Primeiro-Ministro de Israel de que o país "assumirá o controle" de toda a Faixa de Gaza, o Brasil recorda que qualquer pretensão de exercer autoridade permanente em território ocupado é incompatível com as normas de direito internacional. O Brasil reafirma, ainda, que a única solução legítima e duradoura para o conflito reside na implementação definitiva da solução de dois Estados", destaca o comunicado.

Israel intensificou os bombardeios aéreos e expansão das operações terrestres na Faixa de Gaza, nos últimos dias. Pelo menos 300 palestinos morreram, incluindo mulheres e crianças, e cerca de 60 mil pessoas foram forçadas a se deslocar de suas casas.

Na nota, o Itamaraty alertou que Gaza enfrente o risco iminente de fome generalizada, devido à falta de ajuda humanitária. A região está bloqueada por Israel há mais de dois meses.

"O Brasil expressa grave preocupação com a anunciada intenção israelense de permitir ingresso mínimo de alimentos e remédios em Gaza, recordando que o uso da fome como método constitui crime de guerra".

Segundo o comunicado do Itamaraty, o Brasil conclama o governo de Israel a permitir acesso imediato e desimpedido de ajuda humanitária ao território, em consonância com suas obrigações de Direito Internacional Humanitário. Também reitera o apelo em favor da cessação permanente das hostilidades, da retirada completa das forças israelenses de Gaza e da libertação dos reféns remanescentes.

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