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Brasil não reconhecerá, "neste momento", resultado de eleição na Bolívia

A OEA (Organização dos Estados Americanos) já pediu auditoria da votação para confirmar se Evo Morales foi o vencedor das eleições presidenciais na Bolívia

Evo Morales: atual presidente foi reeleito em primeiro turno na Bolívia, mas resultado é questionado pela oposição e pela OEA (Ueslei Marcelino/Reuters)

Evo Morales: atual presidente foi reeleito em primeiro turno na Bolívia, mas resultado é questionado pela oposição e pela OEA (Ueslei Marcelino/Reuters)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 26 de outubro de 2019 às 10h27.

São Paulo - O Ministério das Relações Exteriores do Brasil afirmou na sexta-feira, 25, que não reconhecerá "neste momento" o resultado final das eleições presidenciais na Bolívia, cuja contagem de votos aponta vitória em primeiro turno de Evo Morales.

"Considerando-se as tratativas em curso entre a OEA (Organização dos Estados Americanos) e o governo da Bolívia para uma auditoria completa do primeiro turno das eleições naquele país, o Brasil não reconhecerá, neste momento, qualquer anúncio de resultado final", justificou o Itamaraty em sua conta oficial no Twitter.

Horas antes na sexta-feira a sala plena do tribunal regional eleitoral da Bolívia havia informado a finalização da contagem oficial das eleições presidenciais.

Com todas as atas apuradas, o presidente Evo Morales tinha 47,08% dos votos, enquanto seu principal rival, o ex-presidente Carlos Mesa, tinha 36,51%. Com isso, Morales seria reeleito em primeiro turno.

 

Na quinta-feira, o Tribunal Supremo Eleitoral havia dito que haveria nova votação em quatro mesas no departamento (Estado) de Beni, mas nesta sexta-feira o presidente departamental local, Rodolfo Coimbra, revalidou essas atas e com isso a contagem foi retomada.

Para vencer em primeiro turno, um candidato deve ter mais de 50% dos votos, ou 40% e uma distância de ao menos 10 pontos porcentuais em relação ao segundo colocado.

Oposicionistas acusam Evo Morales de ter cometido fraudes para ganhar a eleição no domingo. No plano internacional, a Organização das Nações Unidas, a Organização dos Estados Americanos (OEA) e países como Estados Unidos e Colômbia pediram clareza na apuração.

*Com informações da Associated Press

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