O presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o premiê da China, Li Qiang, na chegada ao encontro do Brics (Ricardo Stuckert/PR)
Repórter de macroeconomia
Publicado em 7 de julho de 2025 às 11h36.
Última atualização em 7 de julho de 2025 às 11h48.
Empresas chinesas demostraram interesse em avançar em negócios no Brasil durante os eventos do Brics. Houve especial interesse de empresas de delivery, serviços relacionados à inteligência artificial e mineração.
"Tivemos reuniões expressivas e estão aparecendo no nosso radar novas empresas querendo abrir negócios no Brasil nessas áreas", diz Frederico Lamego, superintendente de Relações Internacionais da Confederação Nacional da Indústria (CNI).
A CNI ajudou a organizar o Fórum Empresarial do Brics, que recebeu representantes de mais de mil empresas e foi realizado no sábado, 5.
"Isso [o interesse chinês] foi uma surpresa porque o Brics já tinha uma agenda chinesa muito expressiva. Os principais grupos chineses já estão no Brasil, seja na área de petróleo, na área automobilística, energia e demais setores. Agora estão aparecendo novos atores chineses no processo", diz Lamego.
Os encontros empresariais do Brics também foram marcados pela presença de representantes do Sudeste Asiático, região que inclui países como Vietnã, Malásia e Indonésia.
"Estão havendo negociações importantes do setor aeronáutico com um grande grupo da Malásia", diz Lamego. "Vamos nos estruturar para conhecer mais o mercado do Sudeste Asiático e da Asean [bloco que reúne os países da região]".
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Em paralelo ao encontro do Brics, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) teve uma reunião no sábado com o primeiro-ministro da Malásia, Anwar bin Ibrahim, e prometeu visitar o país em outubro, como convidado da reunião de cúpula da Asean.
Lula também se reuniu com Pham Minh Chinh, premiê do Vietnã. O líder brasileiro deu a ele uma caixa com a marca Friboi, para simbolizar a abertura do mercado de carne bovina do Vietnã para o Brasil.
Em troca, Lula recebeu uma caixa simbólica de filé de peixe. O Vietnã é um país parceiro do Brics, e foi visitado por Lula em março.