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Calote grego destruiria fé na Europa, diz Merkel

Merkel afirmou que está "assustada" com a falta de progresso do Grupo dos 20 na formação de um consenso sobre regulação de bancos

EXAME.com (EXAME.com)

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Da Redação

Publicado em 25 de setembro de 2011 às 17h56.

BERLIM (Reuters) - Permitir que a Grécia entre em default agora destruiria a confiança dos investidores na zona do euro e poderia disparar um contágio semelhante ao ocorrido após o colapso do Lehamn Brothers em 2008, afirmou a chanceler alemã, Angela Merkel, neste domingo.

"Precisamos tomar medidas que possamos controlar", disse Merkel, fazendo um paralelo entre a situação de dívida da Grécia e do Lehman, cuja falência ajudou a disparar a crise financeira global.

"O que não podemos fazer é destruir a confiança de todos os investidores e termos uma situação onde eles possam dizer que se fizemos isso pela Grécia, faremos também pela Espanha, pela Bélgica ou qualquer outro país. Então, nenhuma pessoa colocaria dinheiro na Europa mais."

Em uma entrevista de uma hora sobre a crise da zona do euro, concedida ao popular apresentador de talk show Guenther Jauch, Merkel disse que confia na avaliação do Fundo Monetário Internacional (FMI) sobre como lidar com a Grécia.

Enquanto o FMI estiver convencido de que a dívida da Grécia é sustentável, ela apoiará esta posição, disse Merkel.

A chanceler alemã também deixou claro que ela não considera uma votação parlamentar na Alemanha na quinta-feira, sobre o mecanismo de resgate da zona do euro, como "vai ou racha" para seu governo.

Uma vez que partidos de oposição estão apoiando a concessão de novos poderes para o Instrumento de Estabilidade Financeira Europeia, a aprovação da medida não está em dúvida.

Mas alguns políticos alemães sugeriram que se Merkel falhar em conquista a maioria entre os partidos conservadores de sua coalizão, ela deveria dissolver o parlamento e convocar novas eleições.

Merkel afirmou que está "assustada" com a falta de progresso do Grupo dos 20 na formação de um consenso sobre regulação de bancos e para se lidar com o problema de instituições financeiras demasiadamente grandes para quebrarem.

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