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Câmara aprova polêmico projeto de oleoduto, Obama pode vetar

Câmara dos EUA aprovou o polêmico projeto para a construção do oleoduto Keystone XL, último passo antes da proposta chegar à mesa de Obama, que poderá vetá-lo


	Câmara dos Estados Unidos: votação terminou com votos 270 a favor e 152 contra
 (Mladen Antonov/AFP)

Câmara dos Estados Unidos: votação terminou com votos 270 a favor e 152 contra (Mladen Antonov/AFP)

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Da Redação

Publicado em 11 de fevereiro de 2015 às 21h39.

Washington - A Câmara dos Representantes dos Estados Unidos aprovou nesta quarta-feira por uma grande maioria o polêmico projeto para a construção do oleoduto Keystone XL, último passo antes de a proposta chegar à mesa do presidente Barack Obama, que disse que o vetará diante da falta ainda de todos os relatórios de impacto ambiental necessários.

A votação terminou com votos 270 a favor e 152 contra, aprovada pela cômoda maioria da oposição republicana na Câmara baixa do Congresso.

Todos os legisladores republicanos votaram a favor, exceto o congressista por Michigan, Justin Amash; e 29 democratas se somaram ao apoio do oleoduto.

A votação terminou sem surpresas, já que, apesar de os republicanos esperavam aprovar o projeto sem problemas, não imaginavam contar com os 290 votos necessários para driblar o veto presidencial.

A proposta já tinha sido aprovada no Senado, e agora passa diretamente ao presidente Obama, que em última instância tem autoridade de aprovar ou negar a construção do oleoduto porque cruza fronteiras internacionais. Ele tem dez dias para vetá-la, como prometeu várias vezes.

O oleoduto Keystone XL é capaz de transportar 830 mil barris diários de petróleo cru sintético e betuminoso diluído desde a província canadense de Alberta a diferentes lugares do país, incluídas refinarias do Texas no Golfo do México e um centro de distribuição em Oklahoma.

Obama já repetiu que está esperando que sejam emitidas todas as revisões e avaliações de impacto ambiental, já que seu apoio depende fundamentalmente dos efeitos climáticos e ambientais da construção do oleoduto.

Economistas e cientistas, entre eles alguns prêmios Nobel, pediram ao presidente que vete o projeto por considerá-lo perigoso para o meio ambiente; já a indústria petrolífera e a oposição republicana argumentaram que este projeto criará postos de trabalho e aumentará a segurança energética.

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