Mundo

Campanha de Santos não recebeu propina, diz ex-senador colombiano

Ex-congressista foi preso por acusações de ter recebido milhões em propinas da Odebrecht e negou envolvimento da campanha do presidente

Juan Manuel Santos: presidente colombiano foi acusado de receber dinheiro da Odebrecht para financiar sua campanha presidencial (Javier Casella/AFP)

Juan Manuel Santos: presidente colombiano foi acusado de receber dinheiro da Odebrecht para financiar sua campanha presidencial (Javier Casella/AFP)

R

Reuters

Publicado em 15 de fevereiro de 2017 às 08h51.

Bogotá - Um ex-congressista colombiano preso por acusações de ter recebido milhões em propinas da empreiteira brasileira Odebrecht negou na terça-feira que uma quantia de 1 milhão de dólares em dinheiro foi dada à campanha de 2014 do presidente Juan Manuel Santos.

O procurador-geral Nestor Humberto Martínez disse na semana passada que parte dos 4,6 milhões de dólares supostamente pagos ao ex-senador do Partido Liberal Otto Bula pela Odebrecht foram enviados à campanha de Santos.

Martínez disse que seu escritório só tinha o testemunho de Bula, preso no mês passado por acusações de propina e enriquecimento ilícito, para substanciar as acusações.

Mas Bula disse, através de uma carta escrita a mão e divulgada pela comissão eleitoral, que está investigando as acusações, que não deu dinheiro à campanha.

"Não é verdade, não é um fato, eu não disse que o dinheiro que entreguei... era uma contribuição à campanha eleitoral de Santos", dizia a carta.

O testemunho de Bula deve acabar com a investigação da comissão sobre a campanha, que assegurou um segundo mandato de quatro anos para Santos, segundo fontes judiciais.

A campanha do rival de Santos, Oscar Ivan Zuluaga, também está sob investigação por suposto recebimento de 2 milhões de dólares da Odebrecht.

Acompanhe tudo sobre:ColômbiaCorrupçãoNovonor (ex-Odebrecht)

Mais de Mundo

Itamaraty confirma morte de brasileiro em atropelamento em Vancouver

Trump quer baixar imposto de renda com dinheiro do tarifaço, mas economistas alertam para riscos

Empresas de gás dizem que não podem cumprir veto de Trump a navios chineses

Índia realiza teste de mísseis em meio a crise com o Paquistão por tensões na Caxemira