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Catar rejeita relatório sobre abuso de trabalhadores

O Catar, um dos países mais ricos do mundo, vem sendo amplamente criticado pelo tratamento dos trabalhadores imigrantes


	Projeto do estádio Lusail, que deve abrigar a abertura e a final da Copa em 2022
 (Divulgação/Foster & Partners)

Projeto do estádio Lusail, que deve abrigar a abertura e a final da Copa em 2022 (Divulgação/Foster & Partners)

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Da Redação

Publicado em 2 de dezembro de 2015 às 13h46.

Doha - O governo do Catar rejeitou um relatório da Anistia Internacional segundo o qual o abuso de trabalhadores imigrantes na nação do Golfo Pérsico continua "desenfreado" cinco anos depois de ela conquistar a sede da Copa do Mundo de futebol de 2022.

Um comunicado do Escritório de Comunicação do Governo do Catar enviado a jornalistas no final da terça-feira afirmou que o relatório da Anistia "não reflete precisamente o progresso" que o Catar realizou na reforma de seu regime trabalhista.

"Sentimos que a acusação de que o Catar não conseguiu aprimorar os direitos humanos de seus trabalhadores convidados é simplesmente inverídica. Reformas significativas foram feitas e mais estão a caminho."

O Catar, um dos países mais ricos do mundo, vem sendo amplamente criticado pelo tratamento dos trabalhadores imigrantes, especialmente na construção civil.

O estudo da Anistia, divulgado na terça-feira, afirmou que o "kafala", sistema de contratação patrocinado pelo governo do Catar, ainda exige que a mão de obra estrangeira peça o consentimento de seus empregadores para mudar de emprego ou deixar o país, o que os deixa à mercê de seus contratantes.

A declaração governamental negou que os trabalhadores estejam sendo explorados e disse que o Catar fez reformas, como um sistema de proteção salarial que obriga as empresas a pagar seus assalariados por meio de transferências bancárias eletrônicas e uma lei que torna ilegal para as companhias confiscar os passaportes de seus empregados.

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