Mundo

Cem são detidos em Damasco enquanto bombardeiros continuam

Uma parte dessas pessoas foi detida durante batidas indiscriminadas no bairro de Yobar, em Damasco, e na cidade de Zamalka, na periferia da capital

EXAME.com (EXAME.com)

EXAME.com (EXAME.com)

DR

Da Redação

Publicado em 23 de agosto de 2012 às 19h07.

Cairo - Cem pessoas foram detidas nesta quinta-feira em Damasco e seus arredores pelas forças leais ao regime sírio, enquanto os bombardeios contra distintas localidades do país causaram pelo menos sessenta mortes, de acordo com os grupos opositores.

O ativista Omar Hamza, que se encontra nos arredores da capital síria, assegurou à Agência Efe que os autores das prisões e ''sequestros'' são as forças de segurança do presidente Bashar al Assad e os ''shabiha'' (milicianos pró-governo).

Uma parte dessas pessoas foi detida durante batidas indiscriminadas no bairro de Yobar, em Damasco, e na cidade de Zamalka, na periferia da capital, segundo os opositores Comitês de Coordenação Local e a Comissão Geral da Revolução Síria.

As outras pessoas detidas estavam no bairro de Kafr Susa, onde as forças governamentais lançaram uma operação de busca e captura de opositores, um dia depois dos ativistas denunciarem a execução de 25 pessoas pelas tropas do regime no mesmo lugar.

Hamza lamentou que o período de prisão poderá durar meses e que em muitas ocasiões os detidos serão executados.

Damasco e seus arredores foram as zonas mais afetadas pela violência hoje, explicou o ativista, que disse que os bombardeios contra os bairros de Al Tadamun e Barzeh, e contra as localidades de Moadamiya Al-Sham, Al Sabine e Daraya causaram dezenas de mortos e feridos.


A informação foi confirmada pelo Observatório Sírio de Direitos Humanos (OSDH), que denunciou que entre os sessenta civis que morreram hoje na Síria, 29 faleceram em Damasco e em sua periferia.

Segundo os grupos opositores, a ofensiva do regime prossegue contra várias localidades das províncias de Deir al Zur, Idleb e alepo, enquanto a situação humanitária nessas zonas se agrava cada vez mais.

O combatente do Exército Livre Sírio (ELS) na cidade de Saraqeb, Mahmud Bakur, assegurou que a população sofre com a escassez de alimentos e que os serviços de saúde são deficientes.

A fonte acrescentou que diante da degradação das condições de vida, a população se desloca diariamente para fugir da violência em Idleb.

A Comissão Europeia alertou sobre a rápida deterioração da situação humanitária na Síria e solicitou à comunidade internacional que se una para ajudar a população.

O conflito sírio fica cada vez pior apesar da pressão internacional e das mudanças nos esforços dos mediadores, com a nomeação na semana passada do novo enviado especial da ONU e da Liga Árabe para a Síria, o diplomata argelino Lajdar Brahimi. EFE

Acompanhe tudo sobre:Crises em empresasMortesSíria

Mais de Mundo

Quem é Friedrich Merz, novo chanceler da Alemanha que quer independência dos EUA

Hamas diz que não vai retomar negociação com Israel até que país solte detentos palestinos

Guerra na Ucrânia completa três anos e Zelensky elogia 'heroísmo' da população

Principal alvo das tarifas sobre metais é a China, diz ex-assessora de comércio da Casa Branca