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Chanceler francês convida Trump a formar bloco com os europeus

Segundo ele, o convite para uma união é "a melhor maneira de defender a Europa"

Jean-Marc Ayrault: o chefe da diplomacia francesa disse que espera se reunir em breve com o futuro secretário de Estado dos EUA (Philippe Desmazes/AFP)

Jean-Marc Ayrault: o chefe da diplomacia francesa disse que espera se reunir em breve com o futuro secretário de Estado dos EUA (Philippe Desmazes/AFP)

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EFE

Publicado em 16 de janeiro de 2017 às 13h53.

Bruxelas - O ministro das Relações Exteriores da França, Jean-Marc Ayrault, afirmou nesta segunda-feira que a melhor resposta às críticas do presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, à União Europeia (UE) é a "unidade" dos países da região, convidando o republicano a formar bloco com os europeus.

"A melhor resposta à entrevista de Trump é a unidade dos europeus", disse Ayrault ao chegar para uma reunião do Conselho de Ministros das Relações Exteriores da UE, em resposta às declarações de Trump ao jornal britânico "The Times" e ao alemão "Bild".

O presidente eleito dos EUA disse, entre outras coisas, que a Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) está "obsoleta" e que o "Brexit", a saída do Reino Unido da UE, foi algo bom.

"A melhor maneira de defender a Europa, que é um convite que fazemos a Trump, é permanecermos unidos, formarmos bloco, não esquecermos que a força dos europeus é sua unidade", disse Ayrault.

Apesar das declarações de Trump, o chefe da diplomacia francesa disse que espera se reunir em breve com o futuro secretário de Estado dos EUA. Ayrault disse que confia poder abordar com ele "todos os pontos importantes", como o futuro das relações com a Rússia, as sanções a Moscou, a questão ucraniana, o acordo nuclear com o Irã e o pacto de Paris sobre a mudança climática.

"A concepção que devemos ter, em nossa opinião, para tramitar os assuntos do mundo, que cada vez pedem mais regulação e concertação, ou seja, fazer viver de forma concreta o multilateralismo e não o retorno do nacionalismo, o cada um por si próprio", concluiu.

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