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Chávez e Santos devem negociar reintegração de Honduras à OEA

Pedido de volta à organização foi emitido pelo presidente hondurenho Porfírio Lobo

Hugo Chávez, presidente venezuelano: acordo com Honduras deve incluir anistia a Zelaya (Michael Nagle/Getty Images)

Hugo Chávez, presidente venezuelano: acordo com Honduras deve incluir anistia a Zelaya (Michael Nagle/Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 11 de abril de 2011 às 11h54.

Brasília - Os presidentes da Colômbia, Juan Manuel Santos, e da Venezuela, Hugo Chávez, devem liderar um movimento para retomar as discussões sobre o pedido do presidente hondurenho, Porfirio Pepe Lobo, de reintegração de Honduras à Organização dos Estados Americanos (OEA). O assunto foi tema de uma reunião de Santos, Chávez e Lobo no último sábado (9), em Cartagena, na Colômbia.

As informações são das presidências da República da Colômbia e de Honduras. Desde julho de 2009, Honduras está suspensa da OEA. O país foi suspenso da organização depois que o então presidente Juan Manuel Zelaya foi deposto do poder por meio de uma ação organizada por integrantes da Suprema Corte, das Forças Armadas e do Legislativo.

Para a OEA, houve um golpe de Estado contra Zelaya, que foi democraticamente eleito. O então presidente Luiz Inácio Lula da Silva apoiou a decisão da entidade. Recentemente, a presidenta Dilma Rousseff defendeu que o reconhecimento do governo Pepe Lobo está diretamente associado à concessão de anistia plena a Zelaya e seus seguidores. Desde janeiro de 2010, Zelaya vive na República Dominicana.

Após a reunião, Pepe Lobo afirmou “nunca ter tido problema algum” com líderes políticos sul-americanos e que seu esforço é retomar as relações multilaterais na região. Segundo ele, sua política externa é voltada para a “hamornização” das relações comerciais e diplomáticas com todos os países.

Depois de ser deposto, Zelaya deixou o país e voltou, quando recebeu abrigo na sede da Embaixada do Brasil em Tegucigalpa, a capital de Honduras. O ex-presidente passou mais de quatro meses na representação brasileira acompanhado por vários aliados políticos. Um acordo internacional, que contou com o apoio de Pepe Lobo, permitiu a saída de Zelaya em direção à República Dominicana.

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