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China alerta: IA pode ajudar grupos terroristas a criar armas de destruição em massa

Novo documento delineou o perigo de perder o controle sobre conhecimento fornecido por IA sobre armas químicas, biológicas e nucleares, e seu papel em conflitos armados

TV mostra lançamento de míssil pela Coreia do Norte, em 10 de março de 2025 (AFP)

TV mostra lançamento de míssil pela Coreia do Norte, em 10 de março de 2025 (AFP)

Publicado em 18 de setembro de 2025 às 12h48.

Última atualização em 18 de setembro de 2025 às 13h19.

Em um novo documento emitido por importantes órgãos de cibersegurança chineses, o país demonstra preocupação com os riscos apresentados por serviços de inteligência artificial que não possuem regulação sobre quais funções podem oferecer aos usuários.

Especificamente, existe o medo de que, por utilizarem textos ricos e profundos em seu processo de aprendizagem, esses serviços possam aprender de maneira detalhada sobre o funcionamento, fabricação e manuseio de armas perigosas. E que, assim, possam transmitir esse conhecimento a membros de grupos terroristas ou extremistas.

“Sem controle adequado, grupos extremistas e terroristas podem ser capazes de adquirir conhecimento relevante e capacidade de desenhar, manufaturar, sintetizar e usar esse tipo de arma [...] isso tornaria os sistemas de controle existentes ineficazes e intensificaria ameaças à paz e segurança globais e regionais”, diz o documento.

O novo atestado vem como uma atualização à Iniciativa Global de Governança de IA, também feita pela China, que visa a implementação internacional de regras e acordos sobre o uso e os limites da IA. Foi elaborado por organizações afiliadas ao estado, e pela equipe nacional de cibersegurança chinesa, responsável por monitorar a segurança virtual e responder a ataques nessa esfera.

Uma nova era de guerra

Essas preocupações crescem conforme a inteligência artificial é cada vez mais usada em conflitos armados ao redor do mundo. Ao mesmo tempo, mais países, incluindo a China, buscam incorporar IA em seus arsenais, melhorando a precisão e efetividade de suas operações de inteligência.

Em junho deste ano, por exemplo, Israel conduziu uma operação fortemente baseada em inteligência artificial para uma incursão no Iraque.

Guiados por espiões e IA, aviões e drones foram capazes de neutralizar as defesas aéreas do país, o que deu grande liberdade aos bombardeiros israelitas. Além disso, a IA facilitou o processamento de grandes quantidades de dados adquiridos por espiões, facilitando a seleção de alvos.

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