Repórter
Publicado em 13 de outubro de 2025 às 06h41.
A ameaça de Donald Trump de impor uma tarifa adicional de 100% sobre produtos chineses reacendeu o temor de uma nova guerra comercial entre as duas maiores economias do mundo.
Em resposta, o governo chinês classificou o movimento como "um típico exemplo de dois pesos, duas medidas dos Estados Unidos" e afirmou que poderá adotar “contramedidas” caso o presidente norte-americano mantenha a decisão.
"A China não quer uma guerra comercial, mas não tem medo de uma”, declarou um porta-voz do Ministério do Comércio, em comunicado divulgado no domingo, 12.
A tensão foi retomada na sexta-feira, 10, quando Trump reagiu às novas restrições chinesas sobre exportações de terras raras — minerais estratégicos usados em semicondutores, painéis solares e smartphones.
O presidente americano acusou Pequim de “se tornar muito hostil” e “tentar manter o mundo como refém”.
No sábado, ele foi além, ameaçando cancelar o encontro previsto com o presidente Xi Jinping neste mês, na Coreia do Sul. A declaração provocou uma queda de 2,7% no índice S&P 500, o maior recuo desde abril, e um tombo de US$ 2 trilhões em valor de mercado em Wall Street.
No domingo, porém, Trump tentou conter os danos. “Não se preocupem com a China, tudo ficará bem! O altamente respeitado presidente Xi apenas teve um mau momento. A América quer ajudar a China, não prejudicá-la!”, escreveu em seu perfil na rede Truth Social.