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China critica tarifas unilaterais e pede multilateralismo na reunião da APEC

Em Jeju, China cobra cooperação para preservar a estabilidade do comércio global e combater protecionismo

APEC 2025: China pede fim do unilateralismo e defesa da ordem econômica global (Mateus Bonomi/Anadolu/Getty Images)

APEC 2025: China pede fim do unilateralismo e defesa da ordem econômica global (Mateus Bonomi/Anadolu/Getty Images)

China2Brazil
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Agência

Publicado em 16 de maio de 2025 às 15h07.

Durante a 31ª Reunião de Ministros do Comércio do Fórum de Cooperação Econômica Ásia-Pacífico (APEC), realizada nos dias 15 e 16 de maio de 2025 em Jeju, na Coreia do Sul, o porta-voz da China, Li Chenggang, criticou a adoção recente de tarifas de "reciprocidade" por algumas economias, classificando a prática como uma violação clara das regras da Organização Mundial do Comércio (OMC).

Segundo Li, essas medidas unilaterais têm provocado atritos comerciais e turbulência na economia global, comprometendo o sistema multilateral de comércio. A postura, afirmou, tem gerado forte insatisfação e oposição explícita de diversos parceiros comerciais.

Apelo por cooperação e multilateralismo

Em seu discurso, o representante chinês defendeu que os países membros da APEC devem atuar conjuntamente para preservar a estabilidade da ordem econômica e comercial internacional. Ele ressaltou a importância de praticar o verdadeiro multilateralismo e de se opor firmemente ao unilateralismo e ao protecionismo.

Também destacou a necessidade de lidar com os impactos negativos das tarifas unilaterais de forma objetiva, garantindo um fluxo comercial global sem obstáculos dentro do arcabouço da OMC.

Propostas para fortalecer a ordem econômica global

Li Chenggang enfatizou ainda a urgência de promover mudanças. Entre as medidas propostas, estão:

  • Avanço nas discussões sobre desenvolvimento;
  • Busca por resultados concretos na 14ª Conferência Ministerial;
  • Incorporação de acordos de facilitação de investimentos e comércio eletrônico ao sistema jurídico da organização;
  • Retomada do funcionamento do mecanismo de solução de controvérsias;
  • Conclusão de negociações de adesão pendentes;
  • Fortalecimento da representatividade e autoridade da entidade.

A fala do porta-voz reflete a posição da China frente às tensões comerciais globais e a importância de manter um sistema de comércio justo e multilateral.

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