Estados Unidos e China também abordaram a "ampliação adicional" do comércio bilateral (AFP)
Agência de Notícias
Publicado em 26 de outubro de 2025 às 09h10.
O representante de Comércio Internacional da China, Li Chenggang, garantiu neste domingo que Pequim e Washington alcançaram um "acordo preliminar" após dois dias de conversas em Kuala Lumpur, onde hoje chegou o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump.
Em declarações coletadas pela agência “Xinhua”, Li, que também é vice-ministro do Comércio da China, afirmou que ambas as partes alcançaram um entendimento "preliminar" e exploraram "propostas adequadas para abordar as preocupações mútuas" durante as conversas, que definiu como "construtivas".
"O próximo passo será que cada parte cumpra com seus respectivos procedimentos internos de aprovação", declarou Li, que acrescentou que os Estados Unidos mantiveram uma postura "firme" durante as negociações, enquanto a China "defendeu com determinação" seus interesses.
Embora não tenha esclarecido os termos desse "acordo preliminar", Li declarou que o diálogo entre as duas partes abrangeu "numerosos temas", entre eles os controles sobre as exportações (que Pequim aplica às terras raras), a possível prorrogação da suspensão recíproca de tarifas e os impostos relacionados ao fentanil e a cooperação antidrogas em torno dessa substância.
Estados Unidos e China também abordaram a "ampliação adicional" do comércio bilateral, bem como as medidas americanas vinculadas às tarifas portuárias contra os navios chineses, apontou Li.
Algumas horas antes, o secretário do Tesouro americano, Scott Bessent, afirmou que ambas as partes haviam estabelecido "bases muito sólidas" para a reunião prevista entre Trump e seu homólogo chinês, Xi Jinping, no próximo dia 30 de outubro na Coreia do Sul.
O segundo dia de negociações econômicas e comerciais entre as duas potências coincidiu com o primeiro dia de Trump em Kuala Lumpur, primeira parada de uma viagem asiática que o levará também ao Japão e à Coreia do Sul, e cujo principal objetivo é o esperado encontro com Xi.
O diálogo comercial entre Washington e Pequim transcorreu em um clima de tensão depois que a China impôs em meados de outubro novas restrições ao comércio de terras raras, cuja produção e exportação praticamente monopoliza.
Em resposta, o presidente americano ameaçou elevar para 100% os impostos sobre os produtos chineses a partir de 1º de novembro.