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China lança visto K nesta quarta para atrair jovens talentos de exatas; veja condições

Visto é similar ao H-1B dos EUA, mas possui mais flexibilidade e não precisa de convite de empresa

Bandeira da China: país quer atrair mais estudantes e profissionais estrangeiros (Rawpixel/Thinkstock)

Bandeira da China: país quer atrair mais estudantes e profissionais estrangeiros (Rawpixel/Thinkstock)

Publicado em 1 de outubro de 2025 às 06h01.

Há duas semanas, o presidente Donald Trump impôs uma taxa de US$ 100.000 aos solicitantes do visto H-1B, um dos mais usados por profissionais de tecnologia estrangeiros que querem trabalhar nos Estados Unidos. Enquanto os EUA endurecem as regras, a China passou a oferecer um novo caminho para receber talentos: o visto K.

O H-1B americano é voltado a profissionais especializados em ciências exatas, como tecnologia, engenharia e matemática, que querem atuar nos Estados Unidos. Nesta quarta-feira, 1º, entram em vigor na China as novas regras para o visto K, que busca atrair os trabalhadores deste mesmo perfil.

A nova categoria de vistos foi anunciada em agosto, antes da mudança nos EUA. Ela é voltada para "talentos jovens da ciência e tecnologia", que precisam ter graduação em áreas chamadas de STEM (Ciência, Tecnologia, Engenharia e Matemática) em universidades reconhecidas ou que estejam envolvidos em pesquisas relevantes.

O novo visto não demanda o apoio de uma empresa patrocinadora ou de um convite formal de uma universidade e permite que os estrangeiros atuem em várias áreas, como educação, pesquisa, intercâmbio cultural e empreendedorismo. Mais detalhes sobre as regras do novo visto devem ser divulgadas nesta quarta.

A mudança do H1-B nos EUA

O visto americano de trabalho e residência H-1B recebeu, há duas semanas, uma taxa adicional para todas as empresas, que terão de pagar US$ 100.000 por trabalhador, por ano. O valor vale apenas para novas solicitações. 

Trump disse que a medida busca reduzir a competição por vagas e, com isso, abrir mais espaço para profissionais dos EUA.

De forma geral, o H-1B tem sido a principal opção para empresas americanas de tecnologia, especialmente no Vale do Silício, para a contratação de profissionais nas áreas de TI e programação, em razão da alta demanda global por essa mão de obra. Por essa razão, empresas como Amazon, Google, Microsoft, Facebook, IBM, Oracle e muitas startups estão entre os maiores patrocinadores do visto H-1B nos Estados Unidos.

Ao contrário dos vistos imigratórios, como os EB-1, EB-2 ou EB-3, o H-1B não concede automaticamente o green card ao seu portador devido à natureza temporária do trabalho que será realizado nos EUA. No entanto, o titular do visto pode ter a possibilidade de conseguir residência permanente, a depender das circunstâncias.

Acompanhe tudo sobre:ChinaEstados Unidos (EUA)

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