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China quer mais controle na internet após canção do EI

A porta-voz do Ministério das Relações Exteriores chinês disse que deveriam ser adotadas ações antiterroristas o mais amplas possíveis dentro da ONU


	Internet na China: a canção em mandarim contém versos como "Nosso sonho é morrer lutando no campo de batalha"
 (Getty Images)

Internet na China: a canção em mandarim contém versos como "Nosso sonho é morrer lutando no campo de batalha" (Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 8 de dezembro de 2015 às 09h43.

Pequim - A China defendeu nesta terça-feira reforçar o controle sobre a internet depois de o Estado Islâmico (EI) divulgar através da rede sua primeira canção em mandarim, que chama os muçulmanos chineses a pegarem em armas.

"Deveríamos adotar ações antiterroristas o mais amplas possíveis dentro da ONU", disse em uma entrevista coletiva em Pequim Hua Chunying, porta-voz do Ministério das Relações Exteriores chinês, que acrescentou que entre essas medidas deve estar incluída a luta contra a divulgação de mensagens terroristas na internet.

Apesar de admitir não ter visto o vídeo da canção, uma gravação de quatro minutos em mandarim que foi divulgada no domingo por Al-Hayat Media Center, o braço midiático do EI, Hua assinalou que "é preciso parar com a expansão desses pensamentos e cortar o financiamento das organizações terroristas".

Intitulada "Somos Mujahedins" (combatentes islâmicos), a canção contém versos como "Nosso sonho é morrer lutando no campo de batalha/ Nenhum poder nos parará de seguir adiante/ Pega as armas para a revolta/ O inimigo envergonhado entrará em pânico".

Hua ressaltou que o "terrorismo é nosso inimigo comum e nenhum país é imune a ele", e pediu que a comunidade internacional "melhore a coordenação e a comunicação".

O jornal oficial "Global Times", que citou analistas, considerou hoje que a canção tenta fortalecer a penetração jihadista na China após os últimos fatos: a morte de Fan Jinghui, o primeiro refém chinês assassinado pelo EI, e os três trabalhadores chineses mortos após o ataque terrorista a um hotel de Bamaco, no Mali, ambos em novembro.

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