Agência
Publicado em 7 de julho de 2025 às 15h23.
Última atualização em 7 de julho de 2025 às 17h56.
A China se manifestou oficialmente sobre a declaração do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, que prometeu impor uma tarifa adicional de 10% aos países do BRICS que, segundo ele, adotarem “políticas antiamericanas”.
A resposta foi dada no dia 7 de julho, durante uma coletiva de imprensa conduzida pela porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China, Mao Ning, em Pequim.
Ao ser questionada por um repórter da agência Reuters, Mao afirmou que a China considera o BRICS uma força positiva no cenário internacional. Ela destacou que a cooperação entre os países do grupo é aberta, inclusiva e não tem como alvo nenhum país específico.
“Acreditamos que o BRICS promove o desenvolvimento global e a reforma da governança internacional com base na igualdade e no benefício mútuo”, afirmou a porta-voz. Segundo ela, esse modelo de cooperação reflete os interesses comuns dos países emergentes e em desenvolvimento.
Sobre a possível adoção de tarifas adicionais por parte dos Estados Unidos, Mao foi enfática ao dizer que a China se opõe ao uso de tarifas como instrumento de coerção.
“Sempre fomos contra guerras tarifárias e comerciais. A imposição arbitrária de tarifas não atende aos interesses de nenhuma das partes”, afirmou.
A porta-voz não comentou se houve consultas diretas entre Pequim e Washington sobre o assunto, nem detalhou eventuais impactos de uma nova medida tarifária contra a China.Atualmente, o BRICS é formado por 11 países-membros permanentes: Brasil, Rússia, Índia, China, África do Sul, Irã, Arábia Saudita, Egito, Etiópia, Emirados Árabes Unidos e Indonésia.
Também participam os países-parceiros: Belarus, Bolívia, Cazaquistão, Tailândia, Cuba, Uganda, Malásia, Nigéria, Vietnã e Uzbequistão.