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China volta a anunciar sanções contra redes sociais por conteúdos 'indesejáveis'

De acordo com o governo chinês, as medidas consistem em convocações para entrevistas, ordens para corrigir as falhas, advertências e sanções rigorosas contra os diretores

China’s President Xi Jinping (C) attends a bilateral meeting with Nepal's Prime Minister KP Sharma Oli ahead of the Shanghai Cooperation Organisation (SCO) Summit in Tianjin on August 30, 2025. (Photo by ANDRES MARTINEZ CASARES / POOL / AFP)

China’s President Xi Jinping (C) attends a bilateral meeting with Nepal's Prime Minister KP Sharma Oli ahead of the Shanghai Cooperation Organisation (SCO) Summit in Tianjin on August 30, 2025. (Photo by ANDRES MARTINEZ CASARES / POOL / AFP)

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Agência de notícias

Publicado em 20 de setembro de 2025 às 10h07.

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As autoridades chinesas anunciaram neste sábado, 20, "medidas disciplinares e punitivas" contra as redes sociais locais Weibo (semelhante ao X) e Kuaishou (vídeos) pela promoção excessiva de notícias de celebridades e a publicação de conteúdos "indesejáveis".

As medidas consistem em "convocações para entrevistas, ordens para corrigir as falhas em um prazo determinado, advertências e sanções rigorosas contra os diretores", informou a Administração do Ciberespaço da China (CAC), sem revelar mais detalhes.

Medidas similares foram adotadas na semana passada contra outro aplicativo popular, RedNote (o "Instagram chinês", também conhecido como "Xiaohongshu").

As autoridades comunistas chinesas obrigam as redes sociais a cumprir, com equipes de moderação e censura, um controle rigoroso dos conteúdos considerados muito subversivos, vulgares, pornográficos ou prejudiciais.

Neste contexto, a CAC, em comunicados separados, mas quase idênticos, criticou neste sábado a Weibo e a Kuaishou por "não terem cumprido com sua responsabilidade principal" nesta questão.

A agência aponta, em particular, a "classificação das pesquisas de busca mais populares", nas quais se destacam os temas mais visualizados.

Nestas listas aparecem "conteúdos indesejáveis" em posições de destaque, "como aqueles que representam em excesso as atividades das celebridades, assim como publicações triviais", afirma a CAC.

A agência acusa a Weibo de "prejudicar o ecossistema online" e a Kuaishou de contribuir para a propagação excessiva de conteúdos de entretenimento considerados frívolos. Em consequência, anunciou as "medidas disciplinares e punitivas" contra as plataformas citadas.

A Weibo é uma plataforma de microblog que permite publicar textos e fotos. Seu conteúdo geralmente se concentra em notícias da atualidade. Em março, a empresa declarou ter 591 milhões de usuários ativos mensais.

Kuaishou é um aplicativo de vídeos curtos, de conceito semelhante ao TikTok. No início do ano, anunciou que tinha mais de 730 milhões de usuários ativos mensais.

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