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CIA não acredita que Coreia do Norte desistirá de plano nuclear

"Acredito que a ideia de levar os norte-coreanos ao fim do programa nuclear é,provavelmente, uma causa perdida", disse James Clapper

Coreia do Norte: Clapper esteve em missão secreta na Coreia do Norte no dia 7 de novembro de 2014 (REUTERS / Kim Hong-Ji/Reuters)

Coreia do Norte: Clapper esteve em missão secreta na Coreia do Norte no dia 7 de novembro de 2014 (REUTERS / Kim Hong-Ji/Reuters)

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AFP

Publicado em 25 de outubro de 2016 às 20h58.

Persuadir a Coreia do Norte a renunciar a seu programa militar nuclear é um esforço destinado ao fracasso, afirmou nesta terça-feira o coordenador de Inteligência americano James Clapper.

"Acredito que a ideia de levar os norte-coreanos ao fim do programa nuclear é,provavelmente, uma causa perdida. Não vão fazer isto. É seu bilhete de sobrevivência", disse Clapper durante conferência no centro de pesquisas Council on Foreign Relations (CFR).

"Tive uma boa percepção disto, sobre seu ponto de vista em relação ao mundo, quando estive lá. Estão sitiados e são muito paranoicos. Tanto, que a ideia de que possam abandonar sua capacidade nuclear, qualquer que seja, está destinada ao fracasso", acrescentou Clapper, que coordena as 17 agências de Inteligência americanas, entre elas a CIA e a NSA.

Clapper esteve em missão secreta na Coreia do Norte no dia 7 de novembro de 2014 para obter a libertação de dois prisioneiros americanos.

Em resposta a Clapper, o porta-voz do departamento de Estado, John Kirby, afirmou que "nada mudou em nossa política em relação à Coreia do Norte".

"Queremos que haja uma desnuclearização verificável na península (coreana). Queremos que se reinicie o processo de negociações a seis", disse Kirby, em referência as discussões internacionais entre as duas Coreias, China, Rússia, Estados Unidos e Japão, congeladas há anos.

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