Mundo

Cidadãos russos começam a ser retirados da Síria

A Embaixada da Rússia em Damasco informou registros de mais de 8 mil russos residentes no país, mas os diplomatas consideram que o número real é cerca de 25 mil


	Bandeira da Rússia: 50 cidadãos russos que decidi abandonar a Síria atravessaram hoje (22) a fronteira com o Líbano.
 (Richard Heathcote/Getty Images)

Bandeira da Rússia: 50 cidadãos russos que decidi abandonar a Síria atravessaram hoje (22) a fronteira com o Líbano. (Richard Heathcote/Getty Images)

DR

Da Redação

Publicado em 22 de janeiro de 2013 às 12h29.

Brasília - O primeiro grupo de 50 cidadãos russos que decidiu abandonar a Síria atravessou hoje (22) a fronteira com o Líbano, segundo informações do Ministério para Situações de Emergência da Rússia. Mais 31 pessoas deverão juntar-se ao grupo, após deixar a região em dois aviões enviados a Beirute para a operação.

Segundo as autoridades de Moscou, o grupo é formado por mulheres russas casadas com sírios, seus filhos e maridos que têm cidadania russa. Eles viviam nas cidades sírias de Damasco, Alepo, Hama e Homs, onde têm ocorrido fortes combates entre o regime do presidente Bashar Al Assad e a oposição.

A Embaixada da Rússia em Damasco informou registros de mais de 8 mil russos residentes no país, mas os diplomatas consideram que o número real é cerca de 25 mil.

Alguns analistas russos consideram que o início da retirada dos cidadãos do território sírio é mais um sinal de que Moscou acredita no agravamento da situação na Síria.

A crise síria, que dura quase dois anos, foi tema de uma reunião ontem (21) entre o secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU), Ban Ki-moon, e o emissário especial das Nações Unidas e da Liga Árabe à Síria, Lakhdar Brahimi. No próximo dia 29, o assunto também deverá ser discutido em uma reunião no Conselho de Segurança da ONU.

Há duas semanas, o presidente da Síria, Bashar Al Assad, apresentou como solução para a crise a elaboração de uma nova Constituição, a promoção de eleições legislativas e a consolidação de um novo governo, mas rejeitou negociar com a oposição.

A proposta de Assad foi recusada pela ONU por considerar que ela não contribui para uma solução que conduza ao fim dos conflitos na região, que começaram em março de 2011 e, segundo organizações não governamentais, provocaram mais de 60 mil mortos.

*Com informações da agência pública de notícias de Portugal, Lusa

Acompanhe tudo sobre:ÁsiaEuropaGuerrasRússiaSíria

Mais de Mundo

Passaporte brasileiro perde força, mas segue entre os mais poderosos do mundo; veja ranking

Lula cumprimenta Merz por vitória nas eleições e diz que Alemanha é 'parceiro crucial' do Brasil

Espanha destaca que acordo com o Mercosul ampliará possibilidades comerciais da UE

Chefe da ONU diz que retrocessos na verificação de informações abrem a porta para mais ódio