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Cinco anos da pandemia: como a covid-19 transformou o mundo para sempre

Do primeiro caso em Wuhan ao fim da emergência global, relembre os eventos que marcaram a maior crise sanitária do século

Do primeiro caso em Wuhan ao fim da emergência global, relembre os eventos que marcaram a maior crise sanitária do século (Silvio Avila/AFP)

Do primeiro caso em Wuhan ao fim da emergência global, relembre os eventos que marcaram a maior crise sanitária do século (Silvio Avila/AFP)

Luana Cataldi
Luana Cataldi

Assistente de SEO

Publicado em 11 de março de 2025 às 04h00.

Última atualização em 11 de março de 2025 às 14h38.

Há cinco anos, no dia 11 de março de 2020, a Organização Mundial da Saúde (OMS) declarou a pandemia de covid-19. A crise sanitária global deixou mais de 7 milhões de mortos no mundo, segundo dados da OMS, com o Brasil entre os países mais afetados, ultrapassando 700 mil vítimas.

Durante anos, a pandemia impactou a economia, a política e a vida cotidiana, com lockdowns, vacinas desenvolvidas em tempo recorde e mudanças permanentes na sociedade. Para relembrar essa trajetória, confira a linha do tempo dos eventos mais marcantes da pandemia:

2019

Dezembro

No dia 31 de dezembro, a China notificou a OMS sobre um surto de pneumonia de origem desconhecida em Wuhan. Na época, ainda não se sabia a causa da doença, mas os casos aumentavam rapidamente.

2020

Janeiro

Em 7 de janeiro, cientistas chineses identificaram o novo coronavírus, nomeado posteriormente como SARS-CoV-2. No dia 11, as autoridades chinesas anunciaram a primeira morte oficial pela doença na China.

No dia 23 de janeiro, Wuhan entrou em lockdown, tornando-se a primeira cidade do mundo a adotar medidas severas de isolamento para conter a propagação do vírus. No dia 30, a OMS declarou que o surto do novo coronavírus era uma Emergência de Saúde Pública de Importância Internacional, um alerta global sobre a gravidade da situação.

Fevereiro

No dia 2 de fevereiro, foi confirmada a primeira morte por COVID-19 fora da China, nas Filipinas. Durante o mês, a Itália registrou um aumento repentino nos casos, tornando-se o primeiro epicentro da doença na Europa.

Março

No dia 11 de março, a OMS declarou oficialmente a pandemia de COVID-19. O anúncio veio após a rápida disseminação do vírus pelo mundo, com milhares de casos registrados em dezenas de países. No dia seguinte, o Brasil teve sua primeira morte pela doença. Por muito tempo, porém, acreditava-se que a primeira morte no Brasil havia ocorrido no dia 16.

Entre março e abril, vários países decretaram lockdown: Itália (9 de março), Espanha (14 de março), França (17 de março), Reino Unido (23 de março), Índia (25 de março) e algumas regiões dos Estados Unidos. No Brasil, algumas cidades e estados impuseram restrições, mas sem um lockdown nacional.

Abril – Junho

No dia 15 de abril, Donald Trump anunciou que os EUA cortariam o financiamento à OMS, alegando falhas na resposta à pandemia. No Brasil, no dia seguinte, Luiz Henrique Mandetta foi demitido do cargo de ministro da Saúde após divergências com Bolsonaro sobre o isolamento social. Um mês depois, em 15 de maio, Nelson Teich, que havia assumido o ministério, também pediu demissão após pressões para liberar a cloroquina. Enquanto isso, o número de casos disparava no Brasil, nos EUA e na Índia.

Em 25 de maio, a morte de George Floyd nos EUA gerou uma onda de protestos do movimento Black Lives Matter, mesmo durante a pandemia.

Julho – Setembro

No dia 7 de julho, Bolsonaro testou positivo para COVID-19 e permaneceu isolado no Palácio da Alvorada. No dia 23, os Jogos Olímpicos de Tóquio foram oficialmente adiados para 2021, um fato inédito na história da competição. Em agosto, a Rússia anunciou a Sputnik V, a primeira vacina contra COVID-19 aprovada antes da conclusão dos testes.

Outubro – Dezembro

No dia 2 de outubro, Donald Trump testou positivo para COVID-19. Pouco mais de um mês depois, em 9 de novembro, a Pfizer anunciou que sua vacina experimental tinha 90% de eficácia, um avanço crucial na luta contra a pandemia. No dia 8 de dezembro, a britânica Margaret Keenan, de 90 anos, se tornou a primeira pessoa vacinada contra a COVID-19 no mundo. Durante esse período, houve um aumento na adoção e abandono de animais domésticos no Brasil, reflexo do lockdown nacional.

2021

Janeiro

No dia 6 de janeiro, apoiadores de Donald Trump invadiram o Capitólio dos EUA para tentar impedir a certificação da vitória de Joe Biden. O episódio ocorreu em meio à pandemia.

No Brasil, no dia 17 de janeiro, a enfermeira Mônica Calazans, de São Paulo, foi a primeira pessoa vacinada no país. No mesmo dia, a Anvisa aprovou a autorização temporária de uso emergencial da vacina CoronaVac. Ainda naquele mês, a crise de falta de oxigênio em Manaus levou hospitais ao colapso, resultando na morte de vários pacientes por asfixia.

Março – Maio

No dia 4 de maio, o ator Paulo Gustavo morreu de COVID-19, após complicações da doença. No dia 27 de abril, foi instalada a CPI da COVID no Senado para investigar as ações e omissões do governo Bolsonaro durante a pandemia. Enquanto isso, a variante Delta começava a se espalhar pelo mundo, provocando novas ondas de infecção.

Julho – Agosto

Entre 23 de julho e 8 de agosto, os Jogos Olímpicos de Tóquio aconteceram sem público e com protocolos rígidos.

Outubro – Dezembro

Em novembro, cientistas identificaram a variante Ômicron, na África do Sul, causando preocupação global.

2022

Janeiro – Junho

Em janeiro, houve uma explosão de casos devido à variante Ômicron, levando vários países a enfrentarem novas ondas da doença. Entre março e maio, nações como EUA, Reino Unido e Brasil começaram a decretar o fim das restrições sanitárias.

Julho – Dezembro

Em novembro, a Copa do Mundo no Catar ocorreu sem grandes restrições, simbolizando o retorno dos grandes eventos presenciais.

2023

Maio

No dia 5 de maio, a OMS declarou o fim da Emergência de Saúde Pública Global, encerrando oficialmente a pandemia de COVID-19.

O legado da pandemia

Cinco anos depois, a pandemia de COVID-19 deixou marcas profundas no mundo, transformando a economia, a ciência e a vida cotidiana. O avanço das vacinas em tempo recorde mostrou a força da inovação, mas também expôs desigualdades no acesso à saúde. O distanciamento social mudou hábitos de trabalho e estudo, impulsionando o home office e o ensino online, enquanto a crise sanitária agravou problemas como a solidão e os transtornos mentais.

No Brasil, a pandemia revelou fragilidades na gestão pública e no sistema de saúde, além de intensificar a polarização política. Globalmente, governos passaram a investir mais em prevenção e resposta a surtos epidemiológicos, tentando evitar uma nova crise semelhante. A pandemia não foi apenas um evento isolado, mas um ponto de virada que continua a moldar o mundo de hoje.

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