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Começa em Riad reunião entre Ucrânia e EUA para negociar tréguas parciais

Umerov, que lidera a delegação ucraniana, indicou que a pauta da reunião inclui propostas para proteger instalações de energia e infraestrutura crítica

O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, em Bruxelas, em 19 de dezembro de 2024, e o presidente dos EUA, Donald Trump, em Washington, DC, em 10 de fevereiro de 2025 (JOHN THYS and ANDREW CABALLERO-REYNOLDS/AFP)

O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, em Bruxelas, em 19 de dezembro de 2024, e o presidente dos EUA, Donald Trump, em Washington, DC, em 10 de fevereiro de 2025 (JOHN THYS and ANDREW CABALLERO-REYNOLDS/AFP)

EFE
EFE

Agência de Notícias

Publicado em 23 de março de 2025 às 15h25.

Última atualização em 23 de março de 2025 às 15h34.

As delegações ucraniana e americana iniciaram neste domingo em Riad, capital da Arábia Saudita, uma reunião para discutir possíveis tréguas parciais em energia e infraestrutura civil, informou o ministro da Defesa da Ucrânia, Rustem Umerov.

"Começamos as reuniões com a equipe americana em Riad. Estamos implementando a diretiva do presidente da Ucrânia para aproximar (o país) de uma paz justa e fortalecer a segurança", escreveu em sua conta na rede social X.

Umerov, que lidera a delegação ucraniana, indicou que a pauta da reunião inclui propostas para proteger instalações de energia e infraestrutura crítica. Explicou que essas são questões técnicas complexas, razão pela qual a delegação inclui especialistas em energia, bem como representantes militares versados ​​nos componentes naval e aéreo.

Ucrânia e Rússia estavam inicialmente programadas para se reunir separadamente amanhã com a delegação americana, que incluirá o enviado especial dos EUA para a Ucrânia, general Keith Kellogg e seus assessores, Michael Anton, diretor de Planejamento de Políticas do Departamento de Estado, e representantes do conselheiro de Segurança Nacional Mike Waltz, de acordo com o jornal "The New York Times".

Agora, todos os sinais apontam para uma reunião após a outra, embora uma autoridade ucraniana tenha deixado em aberto a possibilidade de que a delegação de Kiev possa permanecer em Riad na segunda-feira também, dependendo do progresso.

Amanhã chegarão a Riad, o chefe do Comitê de Assuntos Internacionais do Senado Russo, Grigory Karasin, e o assessor do diretor do Serviço Federal de Segurança (FSB), Sergei Beseda, dois experientes negociadores "muito conhecedores de questões internacionais", segundo o Kremlin.

Se a delegação ucraniana permanecer na capital saudita, o plano americano seria manter conversas indiretas, conhecidas como diplomacia itinerante, o que significa que a delegação dos EUA se deslocaria de sala em sala em Riad para tentar mediar entre os representantes ucranianos e russos, explicou Kellogg na última quinta-feira.

Representantes de Kiev e Moscou estão viajando para Riad com ideias diferentes sobre como deveria ser um cessar-fogo parcial, já que o presidente dos EUA, Donald Trump, e seu homólogo russo, Vladimir Putin, concordaram na última terça com uma trégua parcial em energia e infraestrutura.

No entanto, o Kremlin declarou apenas uma trégua energética unilateral, que Kiev apoiou após conversa com Trump no dia seguinte, mas não chegou a declarar porque queria saber primeiro mais detalhes sobre sua implementação.

Na pauta das reuniões de Riad com a Rússia amanhã estará a possível retomada da trégua do Mar Negro, que esteve em vigor por vários meses durante o primeiro ano da guerra e permitiu que Kiev exportasse seus grãos com segurança por meio de navios mercantes que cruzavam o Estreito de Bósforo.

A delegação ucraniana provavelmente insistirá na necessidade de Moscou parar de atacar a infraestrutura portuária, especialmente a de Odessa, no sul do país.

O Kremlin advertiu hoje que essas negociações serão "difíceis" porque há "muitos obstáculos", segundo o porta-voz Dmitri Peskov.

Até agora, a Rússia rejeitou uma trégua total na Ucrânia, seja a de seis meses proposta pelos europeus ou a de 30 dias proposta pelos EUA.

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