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Congresso do Peru dá 1º passo pelo uso medicinal da maconha

O Congresso aprovou um projeto que permitiria a produção e importação por razões de saúde

Maconha: projeto foi aprovado na Comissão de Defesa do Legislativo e agora irá ao plenário do Congresso unicameral (David McNew/Getty Images)

Maconha: projeto foi aprovado na Comissão de Defesa do Legislativo e agora irá ao plenário do Congresso unicameral (David McNew/Getty Images)

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Reuters

Publicado em 19 de setembro de 2017 às 11h21.

Lima - O Congresso peruano deu na segunda-feira o primeiro passo para a legalização do uso medicinal da maconha ao aprovar um projeto de lei apresentado pelo governo do presidente Pedro Pablo Kuczynski que permitiria a produção e importação por razões de saúde.

O projeto foi aprovado na Comissão de Defesa do Legislativo e agora irá ao plenário do Congresso unicameral, controlado pela oposição, que deverá determinar uma data para seu debate e sua aprovação definitiva.

O governo tomou a iniciativa há alguns meses, sensibilizado pelo pedido de um grupo de familiares de portadores de epilepsia e episódios psicóticos com esquizofrenia que fabricavam azeite de cannabis em um laboratório clandestino que foi descoberto em uma operação policial.

Se o projeto for aprovado definitivamente, o Peru seguiria os vizinhos Chile e Colômbia na legalização da maconha para uso medicinal. O Uruguai já legalizou o plantio e o consumo de maconha, enquanto o Senado do México aprovou um projeto de lei que permite seu uso medicinal.

Parlamentar governista e membro da Comissão de Defesa e de Luta contra as Drogas do Congresso, Alberto Belaunde disse a jornalistas que a liberação da erva poderia beneficiar pacientes com câncer, epilepsia e Parkinson.

"Estamos falando da aceitação da cannabis que se utiliza para enfermidades crônicas, não cura estas enfermidades, o que permite é que as pessoas que padecem delas tenham uma qualidade de vida digna e aceitável", argumentou.

Kuczynski é um economista liberal de 78 anos que há alguns meses provocou alvoroço no país ao afirmar que fumar maconha "não é o fim do mundo".

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