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Congresso dos EUA adota resolução orçamentária que facilita agenda de Trump

O texto não é um orçamento propriamente dito, mas um roteiro sobre os níveis de gastos futuros do Estado e tem como objetivo fornecer instruções aos comitês parlamentares

Trump: oposição democrata e alguns republicanos se opuseram à resolução, tentando impedir uma das principais bandeiras de Trump (AFP)

Trump: oposição democrata e alguns republicanos se opuseram à resolução, tentando impedir uma das principais bandeiras de Trump (AFP)

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Agência de notícias

Publicado em 10 de abril de 2025 às 13h45.

Última atualização em 10 de abril de 2025 às 15h19.

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Os congressistas republicanos dos Estados Unidos aprovaram, nesta quinta-feira (10), uma resolução orçamentária que abre caminho para o corte de impostos proposto pelo presidente Donald Trump.

O texto não é um orçamento propriamente dito, mas um roteiro sobre os níveis de gastos futuros do Estado e tem como objetivo fornecer instruções aos comitês parlamentares e os montantes sobre os quais poderão moldar os itens do orçamento.

A oposição democrata e alguns republicanos se opuseram à resolução, tentando impedir uma das principais bandeiras de Trump.

Defensores fervorosos do orçamento tradicional e de uma redução do déficit, estes congressistas rebeldes rejeitam a versão atual porque ela prevê US$ 4 bilhões (R$ 23,7 bilhões, na cotação atual) em cortes nos gastos federais, quando eles gostariam que se aproximasse de US$ 1,5 trilhão (R$ 8,9 trilhões).

Por fim, a resolução foi adotada por 216 votos a favor e 214 contra.

O presidente republicano da Câmara dos Representantes, Mike Johnson, tentou votá-la na quarta-feira, visto que já havia sido adotada pelo Senado e apoiada pela Casa Branca.

Mas depois de atrasar o processo por várias horas, teve que ceder, rendendo-se à evidência de que muitos membros de seu partido planejavam votar contra a resolução.

Em uma coletiva de imprensa nesta quinta-feira, Johnson afirmou que este texto permite "avançar na agenda muito importante do presidente Trump", citando a "segurança nas fronteiras", o "domínio da energia americana" e os "créditos fiscais".

Os democratas se opuseram em peso à medida que, segundo eles, abre caminho para um desmantelamento sistemático da seguridade social, que nos Estados Unidos fornece aposentadorias e alguns auxílios públicos, e do Medicaid, o seguro de saúde para muitos americanos com rendas modestas.

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