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Consumo irregular de eletricidade gera perda de R$ 8 bi

Segundo o levantamento da Aneel, Norte e Sudeste lideram o ranking de consumo irregular de energia

A quantia perdida inclui os impostos que não foram recolhidos (Eduardo Monteiro/EXAME.com)

A quantia perdida inclui os impostos que não foram recolhidos (Eduardo Monteiro/EXAME.com)

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Da Redação

Publicado em 31 de maio de 2011 às 15h36.

Brasília - O consumo irregular de eletricidade gerou uma perda de R$ 8,1 bilhões para as distribuidoras de energia elétrica em 2010. De acordo com levantamento da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), o prejuízo não foi só das empresas, uma vez que o valor apurado inclui os impostos que deixaram de ser arrecadados. O órgão regulador não explicitou, entretanto, qual foi o rombo específico para os cofres públicos.

A Aneel considera consumo irregular - ou perdas não técnicas - os erros de medição, deficiências no processo de faturamento, falta de medidor, fraudes e os furtos de energia, comumente chamados de "gatos".

A Região Norte é a campeã em consumo irregular de energia elétrica. De acordo com a Aneel, o índice de perdas equivale a 20% da energia distribuída. O Sudeste aparece em segundo lugar, com perda de 10%, seguido de Nordeste (9%), Centro-Oeste (5%) e Sul (3%).

Entre as distribuidoras, a Celpa, do Pará, lidera o ranking de perdas, com uma taxa de 24,4%. A Light, do Rio de Janeiro, tem a segunda colocação, com perdas atingindo 24,2% da energia distribuída. A Eletropaulo aparece em 11º lugar no ranking da Aneel, com perda de 10,8%. A Bandeirante está na 13ª posição, com consumo irregular na casa de 10,1% da energia distribuída.

"As perdas não técnicas impactam a tarifa, pois parte desse prejuízo acaba sendo rateada entre os consumidores legalmente cadastrados na distribuidora, no momento do cálculo tarifário", lembra a Aneel, em nota.

O volume de energia desviado no ano passado equivale a 8% do consumo de eletricidade do chamado mercado cativo brasileiro, composto pelos consumidores que só podem comprar energia da concessionária de distribuição que atua na rede à qual eles estão conectados. O montante seria suficiente, por exemplo, para abastecer os 774 municípios atendidos pela Cemig, em Minas Gerais, e as 217 cidades que recebem energia da Cemar, no Maranhão.

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