O índice de preços ao consumidor (CPI, na sigla em inglês) nos Estados Unidos subiu 0,2% em fevereiro. O dado foi divulgado nesta quarta-feira, 12, pelo Escritório de Estatísticas do Trabalho. A taxa acumulada da inflação dos últimos doze meses foi de 2,8%.
Em janeiro, o índice havia atingido 3% na taxa anual e 0,5% na variação mensal. A maioria dos analistas esperava, em fevereiro, avanço mensal de 0,3% e alta anual de 2,9%, segundo o Wall Street Journal.
O núcleo do CPI que exclui gastos com comida e energia, que são mais voláteis, avançou 0,2% no mês e 3,1% nos últimos 12 meses. Aqui, também houve esfriamento. Em janeiro, esse indicador havia avançado 3,3%.
Entre os itens com maiores altas, estiveram os gastos com moradia (alta de 0,3% em fevereiro), da eletricidade (1%) e dos carros e caminhões (0,9%). Já o preço de passagens aéreas caiu 4%, e o custo da gasolina baixou 1%.
A meta do Fed, o banco central americano, é trazer a inflação americana para 2%. No entanto, a meta do Fed se baseia em outro indicador, o PCE, focado em gastos de consumo pessoal. O PCE de janeiro, último dado disponível, apontou alta anual de 2,5%. Os dados de fevereiro serão divulgados em 28 de março.
Efeitos de Trump
A inflação nos EUA chegou a 9,1% ao ano em junho de 2022, na esteira da crise gerada pela pandemia. Em resposta a isso, o Fed deu início a um ciclo de alta nos juros, que durou dois anos. O corte da taxa foi iniciado em setembro, quando os juros foram para a faixa de 4,75% a 5% ao ano. Foi a primeira baixa em quatro anos. Nos meses seguintes, houve novas baixas, e a taxa atual é de 4,25% a 4,5% ao ano. No fim de janeiro, o Fed pausou a queda da taxa de juros.
Os juros altos nos EUA atraem mais capitais ao país, o que reduz o fluxo para outros países, como o Brasil, que passam a ter mais dificuldade para captar recursos. A alta nos juros americanos também influencia a queda na taxa de juros do Brasil.
A expectativa sobre o resultado de fevereiro acontece por se tratar do primeiro mês completo da economia sob gestão de Trump, que tomou posse em 20 janeiro. Para os agentes econômicos, as políticas do republicano, como aumentar tarifas de importação de produtos do México, China e Canadá, podem ampliar a inflação no país.
Bancos como o Morgan Stanley e o Goldman Sachs já revisaram suas projeções, que ficavam abaixo de 2,5% para a alta de preços no ano, para novas estimativas próximas a 3%.
O banco Safra ponderou que o mercado financeiro está precificando o CPI em torno de 4,0% nos próximos 12 meses. "A possibilidade de retaliação de outros países, maior dificuldade na integração das cadeias produtivas e o aumento dos preços de insumos importados podem prejudicar o desempenho da produção nos EUA e gerar maior incerteza", diz o banco em relatório enviado a clientes.
"Como consequência, o mercado aumentou a expectativa de que o Federal Reserve (Fed) reduzirá sua taxa básica de juros", prossegue o Safra.
A projeção para a taxa de juros real nos próximos dois anos caiu de 1,7% ao ano no início de 2025 para 0,8% ao ano nesta semana, o menor nível desde agosto de 2022, impulsionando uma desvalorização do dólar no período, diz o relatório.
Relatório recente do instituto do Bank of America, por exemplo, apontou que os preços dos alimentos também têm subido recentemente, tornando as compras semanais no supermercado mais desafiadoras, especialmente para aqueles com renda mais baixa.
"Se os preços continuarem a aumentar, é provável que os consumidores continuem adotando diversas estratégias, como compras mais direcionadas em diferentes lojas e maior gasto em supermercados de desconto", diz trecho do documento.
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O presidente dos EUA, Joe Biden, e a primeira-dama Jill Biden posam ao lado do presidente eleito Donald Trump e Melania Trump ao chegarem à Casa Branca em Washington, DC, em 20 de janeiro de 2025, antes de partirem para o Capitólio dos EUA, onde Trump será empossado como o 47º presidente dos EUA. (Foto de ROBERTO SCHMIDT / AFP)
(O presidente dos EUA, Joe Biden, e a primeira-dama Jill Biden posam ao lado do presidente eleito Donald Trump e Melania Trump ao chegarem à Casa Branca em Washington, DC, em 20 de janeiro de 2025, antes de partirem para o Capitólio dos EUA, onde Trump será empossado como o 47º presidente dos EUA. (Foto de ROBERTO SCHMIDT / AFP))
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Donald Trump chegando à Casa Branca recebido por Joe Biden
(Donald Trump chegando à Casa Branca recebido por Joe Biden)
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Donald Trump e Melania Trump em cerimônia religiosa de posse
(Donald Trump e Melania Trump em cerimônia religiosa de posse)
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Donald Trump e Melania Trump cerimônia religiosa de posse
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O presidente Joe Biden e sua vice Kamala Harris se preparam para cumprimentar o presidente eleito Donald Trump na Casa Branca em Washington
(O presidente Joe Biden e sua vice Kamala Harris se preparam para cumprimentar o presidente eleito Donald Trump na Casa Branca em Washington)
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Donald Trump ao lado de sua esposa no seu juramento
(Donald Trump ao lado de sua esposa no seu juramento)
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JD Vance é empossado como vice-presidente pelo juiz da Suprema Corte Brett Kavanaugh enquanto Usha Vance segura a Bíblia durante a 60ª posse presidencial na Rotunda do Capitólio dos EUA em Washington, DC, em 20 de janeiro de 2025. (Foto de Morry Gash / POOL / AFP)
(JD Vance é empossado como vice-presidente pelo juiz da Suprema Corte Brett Kavanaugh enquanto Usha Vance segura a Bíblia durante a 60ª posse presidencial na Rotunda do Capitólio dos EUA em Washington, DC, em 20 de janeiro de 2025)
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WASHINGTON, DC - 20 DE JANEIRO: (E-D) Priscilla Chan, Meta e CEO do Facebook Mark Zuckerberg, e Lauren Sánchez comparecem à posse do presidente eleito dos EUA, Donald Trump, na Rotunda do Capitólio dos EUA em 20 de janeiro de 2025 em Washington, DC. Donald Trump toma posse para seu segundo mandato como o 47º presidente dos Estados Unidos. (Foto de Chip Somodevilla/Getty Images)
(Priscilla Chan, Meta e CEO do Facebook Mark Zuckerberg, e Lauren Sánchez comparecem à posse do presidente eleito dos EUA, Donald Trump, na Rotunda do Capitólio dos EUA em 20 de janeiro de 2025 em Washington, DC)
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(E-D) O CEO do Google, Sundar Pichai, fala com o CEO da Tesla e da SpaceX, Elon Musk, quando eles chegam para a cerimônia de posse antes de Donald Trump tomar posse como 47º presidente dos EUA na Rotunda do Capitólio dos EUA em Washington, DC, em 20 de janeiro de 2025
(O CEO do Google, Sundar Pichai, fala com o CEO da Tesla e da SpaceX, Elon Musk, quando eles chegam para a cerimônia de posse antes de Donald Trump tomar posse como 47º presidente dos EUA na Rotunda do Capitólio dos EUA em Washington, DC, em 20 de janeiro de 2025)
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Convidados, incluindo Mark Zuckerberg, Jeff Bezos, Sundar Pichai e Elon Musk, chegam antes da 60ª posse presidencial na Rotunda do Capitólio dos EUA em Washington, segunda-feira, 20 de janeiro de 2025
(Convidados, incluindo Mark Zuckerberg, Jeff Bezos, Sundar Pichai e Elon Musk, chegam antes da 60ª posse presidencial na Rotunda do Capitólio dos EUA em Washington, segunda-feira, 20 de janeiro de 2025)
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Donald Trump em seu discurso de posse
(Donald Trump em seu discurso de posse)
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Joe Biden aperta a mão de Donald Trump em sua posse
(Joe Biden aperta a mão de Donald Trump em sua posse)
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Congresso dos EUA, decorado para a cerimônia de posse
(Congresso dos EUA, decorado para a cerimônia de posse)
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Congresso dos EUA, em Washington, que terá frio severo no dia da posse
(Congresso dos EUA, em Washington, que terá frio severo no dia da posse)
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O ex-presidente George W. Bush, a ex-primeira-dama Laura Bush e o ex-presidente Barack Obama chegam para a cerimônia de posse de Donald Trump
(O ex-presidente George W. Bush, a ex-primeira-dama Laura Bush e o ex-presidente Barack Obama chegam para a cerimônia de posse de Donald Trump)
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George W. Bush chega para a cerimônia de posse de Donald Trump
(George W. Bush chega para a cerimônia de posse de Donald Trump)
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Donald Trump e Joe Biden no juramento de posse do presidente eleito
(Donald Trump e Joe Biden no juramento de posse do presidente eleito)