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Cristãos predominam no mundo, mas islâmicos e sem religião aumentam

Crescimento, porém, não seguiu ritmo da população mundial, e participação caiu 1,8%

Religião: estudo também destaca o crescimento do islamismo (Shah Marai/AFP)

Religião: estudo também destaca o crescimento do islamismo (Shah Marai/AFP)

Da Redação
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Redação Exame

Publicado em 16 de junho de 2025 às 16h09.

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O cristianismo segue como a religião mais numerosa do planeta, com 2,3 bilhões de pessoas (+122 milhões), representando 28,8% da população mundial, conforme dados de 2020 divulgados pelo Pew Research Center.

No entanto, sua participação sofreu uma queda de 1,8% no período de 2010 a 2020, devido ao crescimento da população mundial que não foi acompanhado de forma proporcional pelos cristãos. O islamismo, por sua vez, teve o "crescimento mais rápido da década", com um aumento de 347 milhões de fiéis, totalizando 2 bilhões de pessoas e alcançando 25,6% da população global (+1,8 ponto percentual).

Outro dado significativo do estudo é o crescimento dos sem religião, que já somam 1,9 bilhão de pessoas (24,2% da população mundial).

"Muitos fiéis no mundo, principalmente cristãos, estão abandonando a religião", aponta a pesquisa, explicando que a descrença religiosa tem sido o principal motor dessa transformação. Esse fenômeno também é observado de forma notável nos Estados Unidos, onde o número de pessoas sem religião cresceu 97% em uma década, atingindo 101 milhões de pessoas.

Mudança geográfica e demográfica nas religiões

Em termos geográficos, a África Subsaariana passou a concentrar a maior população cristã, com 30,7% dos cristãos do mundo, enquanto a Europa, que já foi o centro dessa religião, representa agora apenas 22,3%.

O estudo aponta que a mudança é explicada, em parte, por uma demografia jovem e a taxa de natalidade alta nos países africanos, além do descontentamento entre os cristãos da Europa Ocidental. Pela primeira vez, o cristianismo caiu para menos de 50% da população em países como França, Reino Unido, Austrália e Uruguai, com a proporção de pessoas sem religião alcançando 40% ou mais nesses locais.

O estudo também destaca o crescimento do islamismo, que continua a ser impulsionado por uma estrutura etária jovem e uma taxa de natalidade alta, o que tem resultado em um número crescente de muçulmanos ao redor do mundo.

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