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Cuba diz que recebe petróleo da Venezuela com 'fórmula' que evita sanções dos EUA

Presidente cubano Miguel Díaz-Canel afirmou que não vai revelar os segredos por trás dos acordos com Caracas para evitar retaliações de Washington

EFE
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Agência de Notícias

Publicado em 29 de maio de 2025 às 17h14.

Última atualização em 29 de maio de 2025 às 17h46.

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O presidente de Cuba, Miguel Díaz-Canel, reconheceu nesta quinta-feira, 29, que o país recebe petróleo e seus derivados da Venezuela graças a uma “fórmula” secreta que evita as sanções dos Estados Unidos.

Díaz-Canel fez a declaração em seu podcast “Desde la presidencia”, dedicado em sua última edição aos prolongados apagões diários sofridos pelo país, espaço do qual também participou o ministro de Energia e Minas, Vicente de la O Levy.

O ministro explicou que a Venezuela ainda era o principal fornecedor de petróleo bruto de Cuba, embora tivesse reduzido suas remessas nos últimos meses por causa das sanções dos EUA contra Caracas.

As exportações, no entanto, continuavam porque Cuba e Venezuela haviam chegado a uma “fórmula”.

“Estamos avançando e encontrando soluções”, acrescentou.

Díaz-Canel então declarou: “Uma fórmula que não vamos explicar para que eles não venham atrás de nós”.

O presidente disse que “uma das características mais importantes da intensificação do bloqueio”, em referência às sanções de Washington contra Havana, é a “perseguição financeira e a perseguição energética”.

De la O Levy acrescentou que se trata de uma “perseguição” ao setor energético cubano e que, como resultado dessas sanções, em várias ocasiões aconteceu que as transferências de pagamento pela importação de petróleo e seus derivados não chegaram aos fornecedores.

“É a perversidade de um bloqueio que alguns acreditam não existir”, acrescentou Díaz-Canel. As sanções dos EUA contra Cuba começaram na década de 1960 e, desde então, foram ampliadas e reforçadas em várias ocasiões.

O país está sofrendo uma profunda crise energética, que se agravou desde agosto de 2024, com cortes de energia que chegam a 20 horas por dia em grande parte de seu território. Nos últimos sete meses, também houve quatro apagões nacionais, dos quais Cuba levou dias para se recuperar.

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