Agência de notícias
Publicado em 9 de junho de 2025 às 20h54.
Um alto funcionário da Casa Branca afirmou que o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, está disposto a aliviar restrições à venda de chips para a China se Pequim concordar em acelerar a exportação de terras-raras para os EUA.
Representantes dos governos americano e chinês encerraram nesta segunda-feira o primeiro dia de negociações comerciais em Londres após mais de seis horas de reunião na Lancaster House, perto do Palácio de Buckingham. As negociações terminaram por volta das 20h (horário de Londres) e serão retomadas hoje, às 10h, na capital britânica.
A delegação dos EUA é liderada pelo Secretário do Tesouro, Scott Bessent, juntamente com o Secretário do Comércio, Howard Lutnick, e o Representante Comercial dos EUA, Jamieson Greer. A presença de Lutnick, ex-CEO da Cantor Fitzgerald, ressalta a importância que os controles de exportação desempenham nas discussões.
Na saída do encontro, Bessent disse que eles tiveram uma "boa reunião", e Lutnick classificou as discussões como "frutíferas".
A delegação chinesa é chefiada pelo vice-primeiro-ministro He Lifeng, que saiu da reunião sem fazer qualquer comentário à imprensa.
Em maio, após uma assustadora escalada tarifária que passou de 100% de lado a lado, os dois países concordaram com uma trégua de 90 dias. O clima era otimista. No entanto, o sentimento azedou rapidamente devido a dois grandes pontos de discórdia: o controle chinês sobre as vendas dos chamados minerais de terras-raras e o acesso restrito da China a semicondutores originários dos EUA.
Os EUA sinalizaram a disposição de remover as restrições a algumas exportações de tecnologia em troca de garantias de que a China está flexibilizando os limites para as remessas de terras raras, essenciais para uma ampla gama de produtos de energia, indústria automobilística, defesa e tecnologia, incluindo smartphones, caças e barras de reatores nucleares. A China é responsável por quase 70% da produção mundial de terras-raras.
Especificamente, o governo Trump está preparado para remover uma série recente de medidas que restringiram o acesso da China a chips de última geração, peças para motores a jato, produtos químicos e materiais nucleares, informaram pessoas familiarizadas com o assunto. Muitas dessas ações foram tomadas nas últimas semanas, à medida que as tensões comerciais aumentavam entre EUA e China.
Um alto funcionário da Casa Branca afirmou que o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, está disposto a aliviar restrições à venda de chips para a China se Pequim concordar em acelerar a exportação de terras-raras para os EUA. Representantes dos governos americano e chinês encerraram nesta segunda-feira o primeiro dia de negociações comerciais em Londres após mais de seis horas de reunião na Lancaster House, perto do Palácio de Buckingham. As negociações terminaram por volta das 20h (horário de Londres) e serão retomadas hoje, às 10h, na capital britânica.
A delegação dos EUA é liderada pelo Secretário do Tesouro, Scott Bessent, juntamente com o Secretário do Comércio, Howard Lutnick, e o Representante Comercial dos EUA, Jamieson Greer. A presença de Lutnick, ex-CEO da Cantor Fitzgerald, ressalta a importância que os controles de exportação desempenham nas discussões.
Na saída do encontro, Bessent disse que eles tiveram uma "boa reunião", e Lutnick classificou as discussões como "frutíferas".
A delegação chinesa é chefiada pelo vice-primeiro-ministro He Lifeng, que saiu da reunião sem fazer qualquer comentário à imprensa.
Em maio, após uma assustadora escalada tarifária que passou de 100% de lado a lado, os dois países concordaram com uma trégua de 90 dias. O clima era otimista. No entanto, o sentimento azedou rapidamente devido a dois grandes pontos de discórdia: o controle chinês sobre as vendas dos chamados minerais de terras-raras e o acesso restrito da China a semicondutores originários dos EUA.
Os EUA sinalizaram a disposição de remover as restrições a algumas exportações de tecnologia em troca de garantias de que a China está flexibilizando os limites para as remessas de terras raras, essenciais para uma ampla gama de produtos de energia, indústria automobilística, defesa e tecnologia, incluindo smartphones, caças e barras de reatores nucleares. A China é responsável por quase 70% da produção mundial de terras-raras.
Especificamente, o governo Trump está preparado para remover uma série recente de medidas que restringiram o acesso da China a chips de última geração, peças para motores a jato, produtos químicos e materiais nucleares, informaram pessoas familiarizadas com o assunto. Muitas dessas ações foram tomadas nas últimas semanas, à medida que as tensões comerciais aumentavam entre EUA e China.
O governo Trump espera que "após o aperto de mão" em Londres, "todos os controles de exportação dos EUA sejam flexibilizados e as terras-raras sejam liberadas em grande volume" pela China, disse Kevin Hassett, chefe do Conselho Econômico Nacional da Casa Branca, à CNBC no início do dia.
Os comentários de Hassett em Washington foram o sinal mais claro até agora de que os EUA estão dispostos a oferecer tal concessão, embora o assessor de Trump tenha acrescentado que a flexibilização não incluiria os chips mais sofisticados fabricados pela Nvidia, considerados os mais inovadores e eficientes para alimentar inteligência artificial (IA).
"Não estou falando dos chips Nvidia de altíssima qualidade. Estou falando de possíveis controles de exportação de outros semicondutores, que também são muito importantes para eles", disse Hassett, acrescentando que as restrições não seriam suspensas para os chips Nvidia H2O, usados para treinar serviços de IA.
O governo Biden havia cortado o acesso da China à maioria dos chips de IA devido a preocupações com a segurança nacional, e Trump manteve essas restrições.
Do lado chinês, o governo tem nos minerais essenciais uma arma poderosa nas negociações.
“O controle da China sobre o fornecimento de terras- raras tornou-se uma ferramenta calibrada, porém assertiva, para influência estratégica. Seu quase monopólio da cadeia de suprimentos significa que as terras-raras continuarão sendo uma moeda de troca significativa nas negociações comerciais”, avalia Robin Xing, economista-chefe do Morgan Stanley para a China, em análise distribuída hoje.
A primeira rodada de negociações desde que as delegações dos países se reuniram há um mês visa restaurar a confiança de que ambas as partes estão cumprindo os compromissos assumidos em Genebra.
Durante essas discussões, Washington e Pequim concordaram em reduzir tarifas exorbitantes por 90 dias para dar tempo de resolver um desequilíbrio comercial que o governo Trump atribui a uma situação desigual.
Um telefonema na semana passada entre o presidente Donald Trump e seu colega Xi Jinping pareceu dar um novo impulso à busca por um acordo. As tensões comerciais entre EUA e China aumentaram este ano, com Trump aumentando as tarifas sobre produtos chineses, o que provocou retaliações de Pequim.
Isso gerou problemas em ambas as economias, incluindo incertezas para as empresas que tentam lidar com mudanças repentinas na política comercial.