Mundo

Dez militares morreram no leste da Ucrânia nos últimos cinco dias

Segundo o porta-voz do Ministério da Defesa, milícias pró-russas não retrocedem em tentativa de tomar as posições ucranianas

Soldados ucranianos carregam corpo de companheiro morto em conflito com separatistas pró-Rússia (Valentyn Ogirenko/Reuters)

Soldados ucranianos carregam corpo de companheiro morto em conflito com separatistas pró-Rússia (Valentyn Ogirenko/Reuters)

E

EFE

Publicado em 23 de dezembro de 2016 às 13h41.

Kiev - Dez militares ucranianos morreram no leste da Ucrânia nos últimos cinco dias em combates com os separatistas pró-Rússia, informou nesta sexta-feira o porta-voz do Ministério da Defesa deste país, Andrei Lisenko.

"Entre 18 de dezembro e hoje, oito militares nossos morreram" na zona da cidade de Svetlodarsk, na região de Donetsk, onde foram retomados os combates entre as forças de Kiev e os separatistas, apontou o porta-voz militar ucraniano.

Outros dois soldados governamentais perderam a vida nas últimas 24 horas em outras zonas da linha que separa as posições das partes em conflito.

Lisenko denunciou que as milícias pró-russas não retrocedem em sua tentativa de tomar as posições ucranianas na zona de Svetlodarsk, onde apenas hoje, segundo Kiev, os rebeldes lançaram mais de cem minas e projéteis de artilharia contra as tropas governamentais.

No final de novembro, os ministros das Relações Exteriores da Ucrânia, Rússia, França e Alemanha fracassaram na hora de acordar em Minsk um roteiro para a regulação do conflito no leste ucraniano.

As negociações estão estagnadas, entre outras coisas, pela falta de acordo sobre as eleições nas zonas controladas pelos separatistas, já que Kiev exige garantias de segurança e a presença de observadores internacionais.

Além disso, a Ucrânia reivindica o controle da fronteira entre as regiões de Donetsk e Lugansk e o território russo, enquanto Moscou pede a Kiev que aprove antes uma lei que outorgue grande autonomia às zonas separatistas.

Acompanhe tudo sobre:MortesRússiaUcrânia

Mais de Mundo

Espanha destaca que acordo com o Mercosul ampliará possibilidades comerciais da UE

Chefe da ONU diz que retrocessos na verificação de informações abrem a porta para mais ódio

Putin nomeia economista que negociou com EUA como novo representante para investimentos

Zelensky abre cúpula internacional de apoio a Ucrânia após três anos de guerra